A organização criminosa alvo da Megaoperação Afluência, que tinha tentáculos na região e em outros Estados do Brasil, movimentava cerca de R$ 100 mil por dia e milhões de reais ao longo dos meses. Tudo começava com cargas de bebidas transportadas em veículos próprios, especialmente carretas e caminhões, acondicionadas sob outros produtos, como grãos e frutas. Outra forma de envio das mercadorias ocorria por meio de empresas transportadoras, com utilização de notas fiscais ideologicamente falsas, emitidas por empresas ligadas ao grupo, para “acobertar” a carga de bebida remetida.
Para receber os valores pela venda das mercadorias, a organização criminosa valia-se de contas tituladas por dezenas de pessoas físicas e jurídicas, os chamados laranjas, como concessionárias e locadoras de veículos, construtoras, postos de combustíveis e do ramo de cigarros. Os proprietários dessas empresas “misturavam” os recursos ilícitos, mesclando-os com recursos de origem legítima de suas empresas.
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A investigação indica que o grupo criminoso age de forma estruturada, ao menos, desde janeiro de 2019, tendo movimentado mais de R$ 62 milhões com a venda de bebidas alcoólicas ilicitamente introduzidas no Brasil. “Nas buscas em outros estados, apreendemos R$ 300 mil e uma grande quantidade de bebidas. Vamos agora analisar os documentos e materiais apreendidos na operação”, comentou o chefe da PF de Santa Cruz, delegado Mauro Lima Silveira.
O nome da megaoperação Afluência refere-se ao estado de quem expressa riqueza (sinais de ostentação dos principais investigados). Também está relacionado ao excesso de movimentação de pessoas ou coisas que se direcionam ao mesmo local, no caso, a utilização de contas bancárias de terceiros e outorga de procurações, “movimentos” que convergem para uma mesma pessoa (alvo principal). Assim, tem-se a afluência de capitais.
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