Santa Cruz do Sul passa a contar com um equipamento de pulverização contra a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. A entrega da máquina foi realizada na tarde desta quarta-feira, 9, no Parque da Oktoberfest. Logo após, os agentes de endemias passaram por uma capacitação para que possam operar a nova aquisição.
Para a secretária de Saúde de Santa Cruz, Daniela Dumke, a compra do equipamento representa maior autonomia para o município, já que antes era necessário pedir a máquina emprestada do Estado e o uso era realizado somente após agendamento e autorização. Agora, o município possui o próprio equipamento, porém, continua dependendo da autorização estadual.
A compra também oferece mais agilidade no combate ao mosquito que é transmissor da dengue, zika, chikungunya e outras doenças. “Antes, de acordo com os focos, números, fazíamos um boletim, solicitávamos a autorização, porém tinha que aguardar semanas até estar disponível esse equipamento, porque o equipamento do Estado vai para vários municípios. Com muita alegria conseguimos adquirir isso, para uma grande agilidade no processo”.
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No ano passado, foram mais de cinco mil casos de dengue confirmados em Santa Cruz, situação que é considerada delicada, de acordo com Daniela. “Esse ano temos uma perspectiva não muito boa em relação aos casos, vemos um aumento brusco dos focos que estão aparecendo”. A secretária salienta que mutirões de trabalho dos agentes de endemias estão programados para este mês, mas é fundamental que a população colabore para a redução dos focos e, consequentemente, dos casos.
A Administração Municipal também está em processo de compra de cinco aspiradores epidemiológicos. Essa seria uma alternativa para não usar o inseticida do pulverizador em casos não tão necessários, já que o inseticida acaba agredindo o meio ambiente e matando também outros insetos. “É importante salientar que a liberação do equipamento de pulverização depende do Estado, conforme os índices levantados”, acrescenta Daniela Dumke.
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A penúltima coleta de amostras, realizada em novembro, constatou um total de 48 amostras positivas. Já a nova atualização revela um aumento significativo, detectando 283 focos positivos. Assim, o município passa de classificação média para alta no índice de infestação por Aedes aegypti.
Nesse último levantamento, a Vigilância Epidemiológica efetuou coletas por amostragem em 20% dos imóveis, totalizando 2.633 imóveis, incluindo bairros da cidade e localidades do interior. Entre os com maior infestação estão o Centro, com 27 focos positivos, Santa Vitória (28), Goiás (19), Esmeralda (18), Arroio Grande (16), Faxinal Menino Deus (15), Monte Alverne (13), Linha Santa Cruz (12), João Alves (11) e Ana Nery (10).
Em praticamente todos os bairros da zona urbana e localidades do interior foram coletadas amostras positivas. As larvas do mosquito encontradas estavam em baldes, bacias, ralos, vasos, tonéis, pratos de flor, pneus, bromélias, regadores, brinquedos, entre outros. Conforme boletim divulgado pela Vigilância Sanitária, até esta quarta-feira, 9, de um total de 178 notificações, oito casos de dengue foram confirmados em 2022, enquanto 77 aguardam pelo resultado do exame e 93 foram descartados.
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