Um cavalo foi resgatado, na tarde desta sexta-feira, 27, em Santa Cruz do Sul, em situação de maus-tratos. O animal foi encontrado à margem da BR-471, a cerca de 300 metros da entrada do antigo Santuário de Schoenstatt, no Bairro Santuário. Ele estava caído em uma poça de barro, sem conseguir ficar de pé. Segundo moradores das proximidades, o cavalo estava no local há pelo menos quatro dias, sem assistência do tutor.
O resgate envolveu a Guarda Municipal, o Canil Municipal, a ONG Cavalo de Lata e a Polícia Civil. Os trabalhos de retirada do animal tiveram início por volta das 14 horas e o resgate terminou horas depois, por volta das 17h30, quando ele foi abrigado em uma área do Horto Municipal, para tratamento. Para retirar o equino da área, foi preciso utilizar um guindaste, como mostra o vídeo abaixo (ATENÇÃO: IMAGENS FORTES).
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Tiago Marques, veterinário do Canil Municipal, acompanhou a operação e estima que o animal, um macho, tenha entre 10 e 11 anos. “Mais um caso lastimável, triste. Essa semana já tivemos um caso de maus-tratos a cachorros, onde se encontrou 10 animais em situação deplorável na manhã de ontem, numa casa. Hoje, nos deparamos com esse equino numa situação bastante preocupante, caído às margens da BR-471”, detalhou.
“Devido às baixas temperaturas e à chuva, esse animal estava fraco, extremamente magro e não conseguindo levantar mais, ficando dentro de uma poça de água. Uma situação muito triste. O animal vivo ainda, querendo ter mais uma chance de vida. Num primeiro momento, pensamos até em uma eutanásia, pela situação em que o animal se encontrava, fraco e debilitado, num local de difícil acesso. Mas ele tem ainda um sopro de vida, então estamos lutando pela vida dele”, declarou Tiago.
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O cavalo foi levado para a área do Horto e, agora, receberá tratamento. No fim da tarde desta sexta, ele já conseguia ficar em pé, o que é tido pela equipe como “reconfortante”. “Agora vamos começar o tratamento dele, com vitamina, soro, tratar as Miíases [bicheira] que ele apresenta, tentar recuperar ele com uma boa alimentação, para ter ele, em 10, 15 dias, irreconhecível em comparação com a situação em que se encontra hoje”, afirmou o veterinário, à Rádio Gazeta.
O profissional ainda fez um desabafo sobre o trabalho de defesa dos animais e situações de irresponsabilidade dos tutores. No local, o jornalista Leandro Portou também ouviu Jason Duani Vargas, diretor-executivo da ONG Cavalo de Lata. O tutor do animal, quando identificado, deverá responder pelo abandono.
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Ouça a entrevista completa:
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