Polícia

VÍDEO: Casa Verde era o “açougue” da facção em Rio Pardo


Vítima de um dos homicídios mais brutais da história na região, o motorista de aplicativo Patrick Brum Dall Ongaro, de 30 anos, foi assassinado por um grupo de pessoas em 28 de agosto de 2020, sobre o piso ladrilhado de uma residência. A execução foi gravada e transmitida ao vivo para o chefe do bando, o traficante Vedói, que está preso em Charqueadas.

Mais tarde, durante a investigação da Polícia Civil que desmantelou o grupo, a chamada “Casa Verde” seria identificada como ponto de outros assassinatos. Convidados do podcast Papo de Polícia, produzido pela Gazeta Grupo de Comunicações, o delegado Anderson Faturi e o comissário Alessandro Lorenzoni Simões contaram alguns bastidores da apuração que identificou o local.

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Peça central na investigação, o imóvel no Bairro Vila Pinheiros foi a base para muitos assassinatos cometidos pelo bando, incluindo o do motorista de aplicativo Patrick, degolado com uma faca de serrinha pela mera suspeita de ter tido um relacionamento casual com a companheira de um traficante de Cruz Alta, que, segundo a polícia, teria pedido sua morte a Vedói.

Conforme relatado por Faturi e Simões, outro homicídio no local foi o de Luiz Fernando Franco, o “Meio Kilo”, de 20 anos, ocorrido em 10 de julho de 2020. Ele teria dormido na residência e foi degolado e enrolado no próprio colchão. Seu corpo foi jogado em uma lagoa no Balneário Porto Ferreira. O motivo do crime seria que ele, mesmo sendo membro do grupo de Vedói, não quitou uma dívida de tráfico de drogas e pagou com a morte.

“A Casa Verde era utilizada permanentemente para o tráfico. Havia ações repressivas, prisões, mandados de busca, e ainda assim o líder da organização mantinha”, comentou Alessandro. “Ele passou a utilizar o local como ‘açougue’, onde mandava executar os desafetos”, complementou. “No meio policial, a Casa Verde é conhecida como local onde se realizavam os homicídios”, enfatizou Faturi.

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Cristiano Silva

Cristiano Silva, de 35 anos, é natural de Santa Cruz do Sul, onde se formou, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em 2015. Iniciou a carreira jornalística na Unisc TV, em 2009, onde atuou na produção de matérias e na operação de programação. Após atuar por anos nos setores de comunicação de empresas, em 2013 ingressou no Riovale Jornal, trabalhando nas editorias de Geral, Cultura e Esportes. Em 2015, teve uma passagem pelo jornal Ibiá, de Montenegro. Entre 2016 e 2019, trabalhou como assessor de imprensa na Prefeitura de Novo Cabrais, quando venceu o prêmio Melhores do Ano na categoria Destaque Regional, promovido pelo portal O Correio Digital. Desde março de 2019 trabalha no jornal Gazeta do Sul, inicialmente na editoria de Geral. A partir de 2020 passou a ser editor da editoria de Segurança Pública. Em novembro de 2023 lançou o podcast Papo de Polícia, onde entrevista personalidades da área da segurança. Entre as especializações que já realizou, destacam-se o curso Gestão Digital, Mídias Sociais para Administração Pública, o curso Comunicação Social em Desastres da Defesa Civil, a ação Bombeiro Por Um Dia do 6º Batalhão de Bombeiro Militar, e o curso Sobrevivência Urbana da Polícia Federal.

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Cristiano Silva

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