Após quatro dias, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Agudo ainda trabalha no controle a um incêndio em área de preservação ambiental de 150 hectares. O fogo que teve início na noite de quarta-feira, 22, na Linha Crema, logo se propagou atingindo a região de Cerro da Igreja. O rescaldo conta com a equipe dos bombeiros do município e de uma guarnição do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, lotada em Restinga Seca, além de Bombeiros Voluntários de Faxinal do Soturno.
Neste domingo, 26, uma equipe de Bombeiros Voluntários de Paraíso do Sul foi até o local, e se colocou a disposição. A Defesa Civil de Agudo também contribui no trabalho de suporte e fornecimento de água e alimentação.
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Conforme o subcomandante dos Bombeiros Voluntários de Agudo, Edison Friedrich, mais de 90% do que foi atingido corresponde a área de floresta nativa de preservação permanente. As equipes chegaram a pernoitar em duas ocasiões no local, de quinta para sexta e de sábado para domingo. “Atuamos no rescaldo durante toda a noite de sábado de até por volta das 6 horas deste domingo, quando teve início uma chuva, mas de pouca intensidade. O trabalho é bastante desgastante e estamos agora monitorando a situação com a ajuda de moradores da região. O local é de difícil acesso e com a chuva as estradas ficaram intransitáveis.” A área onde ocorreu o incêndio fica distante 25 quilômetros do centro de Agudo e da sede da corporação.
Friedrich afirmou que é difícil avaliar se houve a extinção total das chamas. “A certeza de extinção do incêndio ainda não existe. Tem ainda bastante fumaça, mas exitem troncos de mais tempo tombados que ainda permanecem em combustão e a chuva de menor intensidade não foi suficiente para apagar isso. A fumaça vai extinguir por conta”, afirmou.
Conforme ele, além do modo tradicional de rescaldo feito com água, técnicas de fogo contra fogo e aceiro também foram aplicadas. “Chegamos a aplicar em locais onde havia a possibilidade, calculando os riscos e onde tínhamos pessoal e material suficiente. Inicialmente, conseguimos entrar com o caminhão e controlar com água, mas em alguns pontos apenas viaturas menores com motobombas tinham acesso.”
As causas do sinistro são desconhecidas. “Ainda não sabemos o que aconteceu. A situação será investigada. No entanto, deixamos um alerta ás pessoas que as queimadas de vegetação como técnica de manejo de lavoura não são permitidas. Ainda mais em período de estiagem”, esclareceu Friedrich.
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