Apontados como os autores do assalto a banco no município de Amaral Ferrador, Leandro Kroning Farias, de 23 anos; Airan Rodrigues Guterres, de 24; Diogo Rodrigues da Silveira, de 22; e Fabricio Beckenkamp da Silva, de 20, estão atrás das grades. Uma operação montada pela Brigada Militar (BM) resultou nas quatro capturas no tempo recorde de 50 horas entre o assalto, ocorrido na quarta-feira, por volta de 11 horas, e a última prisão, às 13 horas de sexta-feira.
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Responsável por lavrar o auto de prisão em flagrante, o delegado Róbinson Palomínio detalhou, em seu despacho enviado ao Judiciário na sexta-feira, os indícios dos crimes cometidos pelos autores, como organização criminosa majorada pelo uso de arma de fogo; roubo duplamente majorado pelo concurso de pessoas e uso de arma de fogo de uso restrito; e tentativa de homicídio qualificado (contra os PMs).
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Leandro Kroning Farias será indiciado ainda por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, pois disse em depoimento que localizou uma pistola na mata e ficou com ela. Já Airan Rodrigues Guterres e Diogo Rodrigues da Silveira vão responder também por receptação, pois estariam usando uma arma de fogo em situação de furto. Veja detalhes no vídeo acima.
Palomínio, que responde pela Delegacia de Polícia de Encruzilhada do Sul, enfatizou a questão do flagrante continuado para lavrar o auto de prisão dos acusados. Juridicamente, é aceita a captura mesmo após decorrer mais de dois dias de busca ininterrupta pelos autores, como aconteceu. Em depoimento, Leandro Kroning Farias disse que foi o motorista do veículo, confessou sua participação e afirmou que aceitou se envolver para poder pagar a pensão alimentícia da filha, que está atrasada há três meses.
Ele ainda disse ainda que foi convidado para participar do crime na manhã do assalto, que não sabia que seria em uma agência bancária e teria sido convidado por sua habilidade na direção. Na fuga, no limite entre Amaral Ferrador e Encruzilhada do Sul, após troca de tiros com a BM, ele chocou-se contra um barranco e os quatro autores correram para o mato.
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Leandro revelou que ficou como responsável pelo fuzil por ser o único dos quatro que sabia manuseá-lo, por ter servido na Artilharia do Exército, e que efetuou disparos para o alto em frente ao Banrisul de Amaral Ferrador. Conforme o delegado Palomínio relatou ao Judiciário, por volta de meio-dia de quarta-feira, a Polícia Civil localizou na área de mata onde os assaltantes estavam escondidos um malote com notas de R$ 5,00 do banco, totalizando cerca de R$ 2 mil, o que já era uma prova.
Uma perícia foi realizada em um relógio que era de Diogo Rodrigues da Silveira e que foi visto no dia anterior ao crime, quando ele e Meio Dedo foram a uma loja de pesca comprar toucas-ninja, não encontrando os itens no local. Para o delegado, esse fator e outros, como selecionar o motorista na manhã do crime, mostram que os autores não eram profissionais acostumados com roubo a banco. Palomínio pediu que a Justiça converta as prisões de flagrante para preventiva.
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