O barulho de aviões sobrevoando Santa Cruz do Sul ao longo desta segunda-feira, 6, não pode passar despercebido. E não foi por acaso. Até o pôr-do-sol, foram 56 pousos no Aeroporto Luiz Beck da Silva. Nesse domingo, 37 aeronaves haviam chegado. Os aviões de pequeno porte e helicópteros chegam com mantimentos como roupas, alimentos e medicamentos. Daqui, partem com insumos a serem levados para outros pontos necessitados.
O gerenciamento dessas doações, que vêm de diversas partes do país, está sendo realizado pelo gabinete de crise montado pelo vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Entre os locais de origem de aeronaves que pousaram no aeroporto nesta segunda estão Rio de Janeiro e Sorocaba.
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Conforme explicou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, César Cechinato, que acompanhou o movimento de pousos e decolagens nessa segunda, equipes do próprio aeroporto e da Prefeitura fazem o controle das origens e destinos das aeronaves, e o Exército, voluntários cadastrados e a Brigada Militar estão fazendo o transporte do aeroporto até a Unisc. A exceção são para cargas com alimentos perecíveis, como sanduíches, que são encaminhados diretamente para o Parque da Oktoberfest, para serem consumidos em tempo hábil, para evitar desperdícios.
Para Cechinato, a utilização tão intensa do Aeroporto Luiz Beck da Silva demonstra que a estrutura é de vital importância para os Vales do Rio Pardo e Taquari. “Não só para o desenvolvimento econômico, mas para a questão social. O aeroporto já foi utilizado, anteriormente a esse momento, para remoção de pacientes graves, e agora, nesta situação catastrófica, se mostra altamente operacional”, avaliou. Segundo ele, por isso é fundamental o aperfeiçoamento do balizamento noturno e o alongamento da pista, que, atualmente, tem 1,1 mil metros.
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“Nossa prioridade agora é salvar vidas, levar ajuda humanitária, fazer com que as pessoas voltem à normalidade de suas vidas. Depois, temos que reconstruir a infraestrutura de transportes, como pontes e estradas. E, então, vamos trabalhar com ainda mais força a necessidade de ampliar o aeroporto de Santa Cruz, que se mostra fundamental no enfrentamento à maior tragédia do Rio Grande do Sul”, afirmou.
O aeroporto de Santa Cruz do Sul é um dos poucos que estão operando no Estado. O Aeroporto Internacional de Porto Alegre, por exemplo, está com a pista alagada e fechado para pousos e decolagens por tempo indeterminado.
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