Convidado do podcast Papo de Polícia, o defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior, de 38 anos, revelou muitas histórias de sua carreira, que inclui passagens pela Polícia Civil do Espírito Santo, Ministério Público do Rio de Janeiro e Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Um dos episódios singulares, detalhado por ele no episódio, remete a um caso de Santa Cruz do Sul, de um homem de 23 anos, autor confesso de três assaltos na Zona Sul do município.
“Esse cara se prendeu. Fique P da vida, e na audiência de custódia ele me ouviu. Estava respondendo um processo de roubo em liberdade, o que a gente sabe que é difícil, pois quando o crime envolve violência ou grave ameaça normalmente a pessoa responde presa, e ele deu mole. Foi lá procurar a testemunha, se colocando em uma situação de ameaça”, detalhou Arnaldo.
O rapaz havia sido identificado pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) em três ocorrências, nos dia 6, 14 e 15 de agosto do ano passado, tendo roubado, respectivamente, R$ 60,00 em um posto de combustíveis, que fica na divisa entre os bairros Ana Nery e Arroio Grande; R$ 422,00, 15 carteiras de cigarro e sete bonés em outro posto de combustíveis, este no Bairro Distrito Industrial; e R$ 380,00 em uma farmácia, no Bairro Arroio Grande.
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O último crime gerou grande repercussão, após ser divulgada uma imagem em que o assaltante aparece, durante o assalto na farmácia, utilizando uma máscara de Covid-19 com estampa do personagem Coringa. Conforme o delegado Alessander Zucuni Garcia relatou na época das investigações, como o acusado confessou os delitos, não tinha antecedentes e não usou arma de fogo e sim simulacro, ele optou por não representar pela prisão preventiva.
Contudo, no curso do processo, o assaltante terminou abordando uma das vítimas e coagindo ela a não comparecer na audiência de instrução, dizendo que sabia quem a pessoa era e onde seus familiares moravam. Diante da ameaça, o delegado Alessander representou pela prisão, que foi cumprida em 27 de novembro do ano passado, na residência do acusado, na Rua São Lucas, no Loteamento Beckenkamp, Bairro Dona Carlota.
“A vítima nem tinha reconhecido ele na delegacia, aí o cara, além de dar motivo para prisão, produziu uma prova contra ele, se identificando. A defesa não é fácil, é um conjunto. Precisa do defensor, mas o réu também tem que ajudar. Quando o réu não ajuda, é complicado”, finalizou Quaresma. No episódio completo do Papo de Polícia, o defensor contou ainda sobre julgamentos históricos em que atuou, como do Caso Heide Priebe, e na defesa dos faccionados Máscara e Marcelinho.
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