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Vidas correndo perigo

Fugindo do tema predominante nestes dias sombrios, porém mantendo advertência, além da climática tão presente, lembro de outro assunto relevante que se pretendia destacar mais no mês em curso. Nele, o sinal está amarelo, em alerta para evitar o cruzamento no vermelho, pois também há – e muitas – vidas correndo perigo. É a campanha nacional Maio Amarelo, em andamento, alertando e conclamando que a “Paz no trânsito começa por você”. Cada um é chamado novamente a cuidar para que não ocorram tantos acidentes de trânsito, com tantos feridos e tantas mortes, como se vê acontecer a cada dia.

O Brasil, apesar de uma aparente melhora, ainda ocupa um incômodo terceiro lugar no ranking de países com mais mortes em decorrência de acidentes de trânsito, como acentua relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), do final de 2023. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) também divulga dados do Ministério da Saúde sobre óbitos por veículos entre 2013 e 2022, observando até uma tendência de declínio, para a qual devem ter contribuído as constantes campanhas educativas, mas os números ainda são considerados alarmantes.

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Por outro lado, de acordo com a associação nacional, as informações do ministério são especialmente preocupantes com relação aos grupos mais vulneráveis: pedestres, ciclistas e motociclistas. Os que dirigem motos são os mais afetados entre os mais de 2,2 milhões de atendimentos registrados no Sistema Único de Saúde (SUS) na última década devido a sinistros graves de trânsito, com aumento contínuo ao longo da série. Entre ciclistas, também se verifica crescimento constante, e nos pedestres, onde se observou queda inicial até 2020, as internações voltaram a crescer.

Tais estatísticas levam a requerer toda atenção dos que, de uma forma ou outra (ou seja, praticamente todos), transitam pelas nossas ruas e estradas. Basta acompanhar as seguidas notícias de mortes e feridos ao nosso redor envolvendo veículos, enquanto muitos casos de lesionados por esse fator nem se tornam conhecidos. E basta observar o número de veículos de nossa cidade (100.156 em 2023), um dos maiores índices no Estado, que corresponde a quase um por adulto (tendo 103.646 pessoas com mais de 19 anos na população total de 133.230 habitantes, IBGE/2023), para nos dar conta do perigo que nos ronda, bem de perto.

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É sempre bom rememorar a grande responsabilidade de cada um ao dirigir um veículo motorizado, e mesmo uma bicicleta, ou simplesmente caminhar. Nunca é demais o cuidado a tomar nessas situações, o que, pessoalmente, procuro ter bem presente na direção de carro, assim como nas caminhadas habituais pela cidade, além de advertir, em especial e diretamente, motoqueiros jovens iniciantes. De parte dos motoristas e da população em geral, nota-se já grande parcela mais ciente dos riscos e das suas obrigações, mas há ainda muitos que se descuidam e outros tantos sem noção, insistindo em velocidades exageradas e impaciências que a nada levam, a não ser aumentar os perigos.

Por isso mesmo, é preciso reiterar o que pede a nova campanha nacional do mês, para que todos participem e contribuam com mudanças comportamentais no trânsito, conscientes de que cada um é responsável para levar a paz às ruas, todos os dias, com melhores atitudes, motoristas e pedestres, ciclistas e motociclistas. Cada fatalidade e lesão que se evitar será uma vitória pessoal e coletiva para um trânsito mais seguro, pacífico e saudável. É vital sempre lembrar disso, a cada vez que sairmos para a rua.

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