A vice-prefeita Helena Hermany (PP) foi vista nessa segunda-feira nas obras do loteamento popular Mãe de Deus e da creche do Bairro Progresso. Ela vinha acompanhando esses dois projetos de perto quando acumulava a Secretaria de Habitação, cargo que perdeu há uma semana. Sem atividades burocráticas, agora Helena pretende intensificar o ritmo de visitas aos bairros. Ela usou o carro particular no roteiro dessa segunda. Helena alega ter sido expulsa, a mando do prefeito Telmo Kirst (PP), do gabinete onde trabalhava e espera que o Palacinho providencie seu novo espaço. A promessa é que ela ficará com parte da sala ocupada pelos ex-prefeitos Sérgio e Kelly Moraes (PTB). O governo nega a expulsão de Helena.
No meio da semana passada a vice-prefeita denunciou o caso ao Ministério Público e o promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, abriu inquérito civil na hora. As audiências com os envolvidos estão marcadas para amanhã. O prefeito e o secretário de Administração, Vanir Ramos de Azevedo – que teria mandado Helena desocupar o gabinete –, são apontados como investigados.
Marido de Helena, o ex-prefeito e vereador Edmar Hermany (PP) tocou no assunto ontem, na sessão da Câmara. “Helena está em casa, seguindo ordem que recebeu do secretário de Administração”, ironizou. “Foi dito que nós não fomos leais ao governo. Fiz um levantamento e nunca votei contra um projeto do governo. Foram 1.898 em seis anos”, destacou. “Estou muito chateado. A dor é tão grande que o silêncio grita”, disse Edmar.
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