Foi bonito ver na Linha Nova, em seu monumental ginásio, no dia 29 de janeiro deste ano, uma parte da gincana cultural em que participamos como jurado, representando a Gazeta Grupo de Comunicações. A organização do ramo teve a iniciativa do evento por meio da Rádio Gazeta FM 107,9 e da Fundação Gazeta Jornalista Francisco José Frantz, ao lado da Liga de Integração do Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Lifasc), com respaldo da Prefeitura e de empresas apoiadoras.

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Ver que o esporte pode ligar, integrar e entrelaçar várias outras facetas da comunidade, revelando todo seu amplo leque cultural, traz uma alegria imensa para quem procura cultuar esses valores básicos da sociedade.

Entusiasma poder observar que comunidades como Linha Santa Cruz e Rio Pardinho, as primeiras colonizadas em Santa Cruz pelos imigrantes europeus (na maioria, alemães), mantêm bem vivas as manifestações culturais dos antepassados. Assim como demonstraram, também e muito bem, Alto Linha Santa Cruz, com o Aliança, e a anfitriã Linha Nova com o seu clube, além de Rincão do Sobrado, com o seu São José, na divisa de Santa Cruz e Passo do Sobrado.

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Foi possível acompanhar parte das tarefas, entre as quais algumas relacionadas ao rico segmento musical e à expressiva culinária (no caso, as famosas cucas). Mas já foi o suficiente para verificar como – com quanto carinho e dedicação – a população das localidades do nosso belo interior está tratando do fundamental legado dos que os antecederam.

Isso é muito reconfortante em meio a comemorações próximas de dois séculos de imigração alemã no Brasil e às já realizadas sobre os mais de 170 anos de sua chegada em nossa região. O cuidado em valorizar e preservar essa cultura, que nos identifica e diferencia, sem nos separar de ninguém, é de suma relevância e nos faz pessoas e comunidades especiais.

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Quando sabemos honrar o passado, somos melhores no presente e podemos ter confiança no futuro. Quando temos e vemos lideranças (e muitas delas bem jovens) abraçando essa causa, unindo-a ao popular esporte, temos motivos para crer nas pessoas e no porvir.

A integração de forças com esse propósito e a efervescência cultural que produziu, por meio da iniciativa em foco, evidenciam que não nos faltam bons exemplos para resguardar a memória. Isso foi sentido também no interesse demonstrado, pelos e pelas líderes locais, em mostrar publicações e documentos relevantes preservados, ainda na língua alemã, além das próprias histórias dos clubes que procuram enaltecer.

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Isso tudo nos cativou e estimulou como entusiastas que somos também dessas atitudes, as quais pretendemos continuar sempre incentivando. Entendemos que isso é da essência humana e, de modo particular, deve nortear quem atua há quase meio século em meio de comunicação de quase 80 anos, que tem entre suas vocações promover esta ligação entre os tempos, entre os que nele viveram e vivem, buscando a melhor forma de conviver e viver de fato. Que possamos seguir assim e sempre avançando!

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