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Viagens inesquecíveis: Veneza

Estou em confinamento caseiro e estou revendo histórias publicadas no meu primeiro livro, Happy hour, readaptando-as para as minhas colunas na Gazeta.

Sei que muitos já viajaram pelo mundo. Estou acompanhando os relatos na Gazeta de final de semana, as aventuras do Aidir Parizzi Júnior por países exóticos. Não perco nenhuma reportagem.

Espero que muitos dos meus leitores, que ainda não tiveram a oportunidade de ler meus livros de crônicas, Happy hour, façam a viagem comigo por diversas colunas. Conto nos detalhes.

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Estava esquecendo: devido às mudanças na editoria, saí da página dois para dar lugar para os amigos Romeu Neumann e Elenor Schneider, que foi meu professor na Faculdade de Letras. Os leitores saíram ganhando.

Foi impressionante o tratamento VIP que recebemos da Companhia, e que já se iniciou no traslado até o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, quando um carro foi especialmente deslocado para nossa cidade a fim de nos buscar na porta da nossa casa. Mordomia total, que certamente não estávamos acostumados a receber. No retorno, nos transportaram de volta para casa.

Pelas sete horas da manhã chegamos a Paris, no aeroporto que leva o nome de um dos presidentes mais famosos da França, Charles de Gaulle. E uma frase sobre o nosso Brasil é historicamente atribuída a ele: “O Brasil não é um país sério”. Dizem que não é dele, mas vamos deixar por isso mesmo.

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Tínhamos muito tempo de espera no aeroporto para a conexão a Veneza, e estávamos confinados tipo “gado para engorda”; os fumantes sofriam muito, pois não havia nenhum espaço para que pudessem satisfazer esse contestado vício. Essas viagens internacionais ensinaram-me que estava na hora de deixar desse hábito. Foi difícil, mas fui vitorioso. Faz dez anos.

Finalmente chegamos a Veneza. À noite, fomos recepcionados pela diretoria e por funcionários da Liberty com um jantar de boas-vindas numa pizzaria da cidade, quando então provamos a verdadeira pizza italiana, feita pelos seus inventores, e que depois foi espalhada pelo mundo. Confesso que já superamos os nossos mestres, principalmente no recheio, que no Brasil vem com uma camada generosa e de uma variedade muito diversificada.

A festa transcorreu com muita animação e foi a primeira grande oportunidade para revermos colegas de outras excursões. Na medida em que íamos bebendo o vinho ou a cerveja, a descontração tomou conta do ambiente.

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Com esse clima de alegria geral, tivemos uma pequena demonstração do que seriam os próximos dias da viagem.

Um jovem casal de Porto Alegre foi alvo de muitas brincadeiras, pois havia esquecido as malas com roupas e outros apetrechos em casa; foram se dar conta do inusitado acontecimento somente quando chegaram em São Paulo. Se houvessem extraviado no aeroporto, ainda poderia se aceitar, mas esquecer em casa, não havia explicação aceitável. Um corretor retardatário trouxe suas malas.

(Continua)

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