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Viagens inesquecíveis: Veneza 2

Na manhã seguinte, bem cedinho, duas embarcações estavam nos esperando para atravessar os famosos canais, que nos transportaram até os portões de entrada da famosíssima ilha de Veneza.

Saindo dos canais, começamos a navegar no mar que circunda as ilhas.

Ficamos maravilhados com o trânsito de barcos, que fazem o translado de pessoas e mercadorias, e que se deslocam às centenas naquele vaivém vertiginoso pelas “estradas” demarcadas por postes, com placas de sinalização iguais às com que estamos acostumados nas ruas de uma cidade. Nas transversais, a preferência é da “avenida” que faz a ligação entre o continente e a ilha.

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Antes de embarcar para essa viagem havia lido uma reportagem, na revista Veja, de que as autoridades estavam preocupadas com a velocidade excessiva imprimida pelos barcos nas “estradas” de Veneza, que estavam causando muitos acidentes. Realmente, verifiquei que os barcos que trabalham como táxis andam muito rápidos, fazendo ultrapassagens muito perigosas, mas também demonstrando muita habilidade dos “motoristas profissionais” no volante daqueles possantes motores de popa, pois estão acostumados desde crianças com esse único meio de transporte.

Aqui, quando o jovem completa 18 anos, os pais mais abastados presenteiam o filho com uma moto ou um carro; lá, imagino que deve ganhar um barco a motor, para que possa se deslocar até a universidade, para uma balada ou mesmo para visitar a namorada e dar uma banda no local frequentado pela juventude a fim de curtir a vida ao lado da amada.

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Veneza é patrimônio artístico de toda a humanidade pela particularidade de sua localização geográfica e pelos seus bonitos monumentos, testemunhos da enorme riqueza da República Veneziana, sobretudo nos séculos 16 e 17.

Simplesmente única, a cidade de Veneza é um arquipélago formado por 118 ilhas, entrecortadas por 170 canais. Por milhares de anos foi o mais importante mercado marítimo da história. Hoje, toda essa importância comercial deu espaço ao turismo, que muitas vezes é superior ao que a cidade suporta.

Chegamos a Veneza com um calor insuportável e logo nos deslocamos para a Praça de São Marcos, onde fomos recepcionados por centenas de pombas, que simplesmente “atropelam” os visitantes com seus voos rasantes, ávidas para se alimentar da comida abundante ofertada pelos turistas.

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A praça está rodeada por edifícios do século 18, de uma magnífica beleza arquitetônica, e pela Basílica de São Marcos e pelo Palácio Ducal, imponente prédio onde está situado o governo da República Veneziana, cujo chefe tem o nome de “Doge”.

No outro lado do canal encontra-se a prisão de “dei Piombi”. O edifício está unido ao Palácio Ducal pela ponte dos Suspiros, carregada de lendas. Os criminosos sussurravam quando cruzavam a ponte e viam as últimas luzes da cidade antes de seu confinamento.

Continua

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