O presidente da seguradora e sua esposa convidavam todas as noites corretores diferentes para lhes fazerem companhia na sua mesa de jantar. Tivemos a honra de sermos distinguidos, juntamente com dois corretores de Santa Catarina, a passarmos momentos agradáveis com o nobre casal, que nos relatou, numa maneira muito descontraída, a sua lua-de-mel em Santorini, que teve lances cinematográficos.
No último jantar, houve a despedida do pessoal da cozinha e dos garçons, que, em grupo, se dirigiram às escadarias: as luzes foram apagadas, ficando somente as velas acesas nas mesas, criando um ambiente emocionante. Todos tremulavam suas toalhas brancas, cantando e saudando os presentes freneticamente, contagiando os turistas, que ovacionaram em agradecimento àqueles trabalhadores que tão carinhosamente nos atenderam durante o cruzeiro marítimo.
Após este verdadeiro show, voltaram, triunfalmente, em fila indiana, para começar a servir as mesas. Foi muito marcante!
Durante o dia, as atrações se concentravam no sétimo andar, onde os turistas aproveitavam as piscinas para um banho gostoso ou simplesmente para se bronzear naquele sol esplendoroso do Mediterrâneo. A turma da Liberty se reunia em torno do bar, quando então, lá pelas 11 horas da manhã, começava a beber cerveja, apreciando um conjunto musical, que animava o ambiente com músicas em ritmo eletrizante. Até samba “arriscaram” tocar, mas víamos que faltava a ginga que somente os brasileiros possuem.
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Muitos passageiros, depois de ingerir umas que outras, se transformavam em exímios dançarinos, dando um verdadeiro show para a plateia que ali se encontrava. Até os garçons entravam neste clima de alegria; ao ritmo das músicas, faziam seus contorcionismos no chão, equilibrando garrafas na testa. Depois desta performance, voltavam ao trabalho, pois continuávamos com muita sede.
A delegação dos gaúchos ficava agrupada. Alguns casais de outros estados, que se identificavam conosco, optaram por nos acompanhar naqueles momentos prazerosos, pois a cerveja “corria solta” o dia todo, ininterruptamente, quando não saíamos do navio para conhecer as ilhas. A Budweiser foi a grande “estrela” da turma; além de bem geladinha e gostosa, era cortesia.
O almoço e o café da manhã eram servidos num enorme restaurante, cuja comida era distribuída em 14 bufês, e não tinha hora determinada para a alimentação, pois este ambiente ficava à disposição dos passageiros até às 18 horas, quando então fechava.
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Noite dessas, depois de muito divertimento no navio, voltamos para a nossa cabine, que ficava num labirinto com diversos corredores, não achávamos mais o nosso quarto. Depois de muitas tentativas, finalmente o localizamos. Para acrescentar, havia uma turbulência no navio, que nos causou tonturas. Essas tempestades no mar foram as culpadas.
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