A nossa delegação em Vancouver era composta por quase cem corretores de todo o País e mais seus acompanhantes, que todos os anos concorrem a uma viagem internacional da Liberty Seguros, cujo troféu é entregue em um grande evento. Também conhecemos os principais pontos turísticos da cidade.
Um dia foi reservado para nos deslocarmos à ilha de Vitória. Havia dois meios de transportes: hidroavião e ferryboat. O primeiro, composto por diversas aeronaves, leva 40 minutos para chegar à ilha e transporta até dez pessoas. Foi uma experiência inédita e gostei da aventura. Lá visitamos The Butchart Gardens (Parque das Flores). São 80 hectares de jardins, conservados por uma equipe de 80 pessoas. O parque passa de pai para filho, sendo preservado e inovado ao longo dos tempos. Os turistas se encantam com as infinitas espécies de flores ali cultivadas. Paga-se 53 dólares por visitante.
Outro dia, levaram-nos até o Capilano Suspension Bridge Park. Esse local tem uma ponte pênsil, que une um penhasco a outro, e os turistas ficam extasiados com a travessia. Muitas pessoas ultrapassam-na ao mesmo tempo. É larga, as madeiras do assoalho não têm defeito e os cabos de aço têm espessura sólida e uma proteção lateral segura. A ponte suspensa continua no meio da mata e quando se encontra diante de uma sequoia alta e grossa, faz um círculo em torno dela, dando oportunidade ao turista de tirar fotos da natureza.
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Outra trilha ladeia as rochas do penhasco. Essa é íngreme e aumenta a adrenalina do visitante que se atreve a encará-la. Tem um mirante suspenso no penhasco, cujo assoalho é transparente. Quem tem medo de altura deve evitá-lo. Os caminhos levam à loja de souvenirs. Ninguém deixa de comprar uma lembrança para levar para casa.
Quando passei pela ponte pênsil, pensei em nossa cidade e nas diversas que temos sobre o Rio Pardinho. Possuímos a Rota Germânica e quem sabe incluímos uma ponte de arame no trajeto, construída com toda a segurança para o turista?
Tivemos outros passeios fabulosos nos cinco dias que estivemos em Vancouver. Quero contar para vocês uma das minhas mancadas por lá. O Gustavo se divertia comigo. No centro, depois de vasculhar algumas lojas, resolvemos tomar um chope. Depois de alguns copos, fui ao banheiro. O restaurante era comprido e se localizava lá no fundão. Ao sair, peguei a esquerda e deparei com a cozinha. Voltei e fui para o outro lado. Não reconheci o ambiente. Pensei: estou perdido. Retornei e esperei um jovem que havia entrado no mictório. Pensei, quando o rapaz sair eu vou segui-lo. E assim procedi. Ele embalou a caminhada e eu também. Corria e eu também. Será que pensou que fosse assédio?
– Demorou, pai?
– Filho, me perdi na saída do banheiro!
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