Após meio ano de impasse, os vereadores de Santa Cruz enfim chegaram nessa segunda-feira, 28, a um acordo sobre o encolhimento do recesso na Câmara. Em uma reunião a portas fechadas pouco antes da sessão ordinária, os 17 vereadores, em clima de paz, acertaram que o recesso, atualmente de 60 dias por ano, passará a durar de 24 de dezembro a 31 de janeiro. A proposta, subscrita por todos os parlamentares, foi aprovada por unanimidade no plenário. No entanto, por se tratar de alteração na Lei Orgânica, ainda precisará passar por uma segunda votação.
Para celebrar o consenso, os vereadores posaram para uma foto juntos antes da sessão. O acordo foi obtido seis meses após um projeto de autoria de Alex Knak (MDB), que reduzia as “férias” pela metade e suspendia o recesso no primeiro ano de cada legislatura, ser rejeitado pelo plenário, o que desgastou a Câmara perante a comunidade.
Agora, sete vereadores que haviam votado contra mudaram de posição. Um dos que mais resistiam à ideia, Hildo Ney Caspary (Progressistas), alegou que só mudou porque o presidente da Casa, Bruno Faller (PDT), garantiu que não haverá aumento de gastos, mesmo com a realização de mais sessões por ano.
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O assunto foi um dos mais polêmicos dos últimos tempos nos bastidores da Câmara. Após a rejeição do projeto de Knak em novembro, outras quatro propostas foram protocoladas, mas diante do acordo de ontem, acabaram retiradas. O texto aprovado é idêntico ao que havia sido apresentado no início do ano por Francisco Carlos Smidt (PTB). Os vereadores, porém, exigiram que a proposta fosse subscrita por todos, para que ninguém saísse como o “pai da criança”.
Embora alguns parlamentares defendessem que a nova regra só deveria valer para a próxima legislatura, em 2021, o projeto aprovado prevê que o recesso reduzido entre em vigor imediatamente.
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