Os vereadores integrantes da Comissão Avante 153 estão preocupados com o processo de manutenção da rodovia. Eles alertam que o trecho entre Herveiras e Gramado Xavier, onde foi feita uma operação tapa-buracos, está dado como pronto, mas continua com problemas.
Nessa quarta-feira, 1º, Bruno Faller (PDT), de Santa Cruz do Sul; Antônio Vieira (Progressistas), de Herveiras; César Ebert (Progressistas), de Vale do Sol; Martin Nyland (PTB), de Vera Cruz; e Gilson Machado (PSB), de Gramado Xavier; percorreram o trecho para verificar as condições da via. “A parte onde foi feita a fresagem e a colocação do asfalto quente está muito boa, mas, onde falam que está pronta a operação tapa-buracos, continua muito ruim”, diz o presidente da comissão, Antônio Vieira.
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O grupo reforça o que seria uma inconformidade entre o dito pelo secretário estadual de Logística e Transporte, Juvir Costela, e o que o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) está realizando. “O secretário nos disse que seria feita toda a rodovia. Agora deparamos com uma parte que não está em boas condições e dizem que está pronta”, explica Faller.
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A via é o maior corredor de exportação do Rio Grande do Sul, encurtando em 100 quilômetros a distância até o Porto de Rio Grande, além de não ter a cobrança de pedágios. “Os caminhoneiros acabam buscando essa alternativa”, reforça Vieira. Também serve como trajeto para o transporte do tabaco de outras regiões para Santa Cruz do Sul.
Toda essa relevância da rodovia na área econômica faz o problema dos buracos ter um peso ainda maior. “Hoje, há muitos moradores de lugares como Gramado Xavier e Barros Cassal que buscam a diversidade comercial de Santa Cruz. Se a via continuar assim, daqui a pouco vão acabar buscando Soledade como opção”, alerta Faller.
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Dentro do Plano de Obras 2021/22, a recuperação da RSC-153 tem liberados pouco mais de R$ 8 milhões. O valor é considerado suficiente pelos vereadores para o projeto de manutenção. Titular da 3ª Superintendência Regional do Daer, Leonardo do Amaral Ribeiro diz que houve defasagem entre a autorização e a realização da obra. “Nós pedimos o recurso há um ano, mas desde lá os ligantes do asfalto, por exemplo, tiveram um aumento de 25% e o estado da rodovia só piorou. Além disso, esse material representa quase 50% do custo da obra, então o reajuste nos prejudicou muito”, explica.
Ribeiro conta que o projeto divide a via em três etapas: entre Vera Cruz e Herveiras; entre Herveiras e Gramado Xavier e entre Gramado Xavier e Barros Cassal, totalizando 82 quilômetros. O primeiro e o último trajeto, acredita, estavam em piores condições, o que motivou maior atenção, com fresagem e aplicação do asfalto quente. “Como houve aumento dos valores do material, tivemos que priorizar o que estava pior. E isso foi informado aos vereadores, que concordaram. Questionei o que achavam, porque não daria para fazer todo o trecho da mesma forma”, afirma.
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A intenção do Daer é aproveitar a maior liberação dos recursos no próximo ano – tendo como base o fato de que o Estado deve engordar o caixa com as concessões de rodovias – e solicitar R$ 27 milhões para a região, ante os R$ 11 milhões de 2021. “Com esse valor conseguiremos atender de forma mais satisfatória, mas agora ficará assim, com a manutenção da operação tapa-buracos. No momento, os buracos não estão mais lá, mas sabemos que podem aparecer, então ficaremos atentos”, garante.
A empresa Conpasul, que é a contratada para fazer a conservação das rodovias da região, além do recapeamento dos trechos com mais problemas e a operação tapa-buracos em determinadas áreas, fará a pintura e a limpeza lateral da via. “Ainda não pagamos pelo serviço da roçada, porque entendemos que pode melhorar”, alerta o superintendente, para mostrar que o Daer fiscaliza as ações da empresa para que o trabalho seja apresentado com qualidade. Antes de iniciar a obra, a equipe vai a campo para verificar os pontos que precisam de atenção e a quantidade de material que será utilizada.
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O secretário Juvir Costela destaca que os serviços realizados na RSC-153 são os que estão no Programa Avançar do governo do Estado. O documento aponta para fresagem, remendo superficial e roçada, com investimento de R$ 8.159.735,00. “Nós vamos fazer o que diz esse importante projeto do Estado. A sociedade deve fiscalizar e, se estiver em desacordo, denunciar, porque é recurso público, é dinheiro do cidadão sendo investido”, reforça. A 153 não está na lista das possíveis concessões apresentadas pelo Piratini.
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