Vereadores criticam presidente da Câmara por não apresentar denúncia contra Elo e Crestani

A decisão do presidente do Legislativo de Santa Cruz do Sul de não propor a instalação de uma Comissão Parlamentar Processante contra dois vereadores que vão réus em processos por irregularidades durante o mandato recebe críticas dentro do parlamento. O entendimento é de que o tema deveria ser levado ao plenário na sessão da próxima segunda-feira, 17. No começo da noite desta quarta-feira, 12, um grupo de oito integrantes da casa divulgou uma nota. No texto, eles afirmam o não encaminhamento da denúncia é uma postura do presidente do Legislativo, Elstor Desbessell, e não dos vereadores como um todo.

O grupo também discorda da forma como o assunto foi encaminhado dentro da Câmara. Eles ainda questionam o fato de não terem conhecimento da íntegra do material entregue pelo Ministério Público ao Legislativo. Além dos documentos que envolvem as ações nas áreas Cível e Criminal, a mesa diretora recebeu, na semana passada, detalhes dos procedimentos e até as provas colhidas durante a investigação contra Alceu Crestani (PSDB) e Elo Schneiders (Solidariedade).

A nota contempla os entendimentos dos vereadores Alberto Heck (PT), Alex Knak (MDB), Bruno Faller (PDT), Edmar Hermany (PP), Francisco Carlos Smidt (PTB), Hildo Ney Caspary (PP), Mathias Bertram (PTB) e de Zé Abreu (PTB).

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Confira a nota do grupo de vereadores:

“Ainda na data de hoje (12) foi divulgada pela imprensa local que a Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul decidiu não abrir processo de avaliação de quebra de decoro parlamentar dos Vereadores Alceu Crestani (PSDB) e Elo Schneiders (Solidariedade), através de Comissão Parlamentar Processante.

Na realidade, o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Vereador Elstor Desbessel, tomou essa decisão e comunicou a imprensa.

Nós Vereadores Mathias Bertram (PTB), Zé Abreu (PTB), Francisco Carlos Smidt (PTB), Alberto Heck (PT), Hildo Ney Caspary (PP), Edmar Guilherme Hermany (PP), Bruno Faller (PDT), Alex Knak (MDB), discordamos da forma de condução adotada, pois ainda não tivemos acesso aos autos do processo.”