O vereador Rodrigo Rabuske (PTB), subscrito pelos vereadores do mesmo partido Nicole Weber e Serginho Moraes, ingressou no Legislativo com um projeto que propõe a Política Municipal de Prevenção ao Abandono e à Evasão Escolar. A ideia é definir princípios e diretrizes para formulação e implementação de políticas públicas no município de Santa Cruz do Sul, em consonância com o Plano Municipal de Educação e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Os princípios desta política são o reconhecimento da educação como principal fator gerador de crescimento econômico, redução das desigualdades e diminuição da violência. Além de reconhecer a escola como ambiente de desenvolvimento social, cultural, ético e crítico, necessário à formação e ao bem-estar dos alunos; do acesso à informação como recurso necessário para melhoria da qualidade de vida, geração de autonomia, liberdade e pleno desenvolvimento do estudante.
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As diretrizes são desenvolver programas, ações e articulação entre órgãos públicos, sociedade civil e organizações sem fins lucrativos, que visem ao desenvolvimento de competências socio-emocionais do aluno durante todo o ano letivo. Além disso, o projeto pretende incentivar a expansão do número de escolas que dispõem do modelo Programa em Tempo Integral, aproximando a família das atividades escolares, dos planos e do ambiente estudantil, a fim de estreitar vínculos.
Segundo o vereador Rodrigo Rabuske, em 2019, o IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC) e concluiu que o Brasil possui aproximadamente 3,2 milhões de jovens com 19 anos e apenas 2 milhões deles, 63,5%, concluíram o Ensino Médio. As perspectivas de conclusão dos estudos na idade certa se tornam ainda mais desafiadoras ao observar que dos 1,2 milhão de jovens que ainda não finalizaram a Educação Básica, 62% já nem frequentam mais a escola e, desses, mais da metade parou os estudos ainda no Ensino Fundamental.
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“Infelizmente, a expectativa para os próximos anos é ainda pior, tendo em vista as consequências da paralisação das aulas em decorrência do coronavírus. As redes privadas de ensino se saíram melhor na oferta de atividade de ensino remoto em relação à rede pública. Para reduzir a evasão, existe a orientação que o primeiro passo, antes mesmo da avaliação de perdas de aprendizagem, é garantir o vínculo do aluno com a escola, por meio de um acompanhamento especial durante a matrícula e atenção à busca ativa daqueles que não têm assistido às aulas”, cita.
Segundo Rabuske, o projeto propõe ações para deixar as aulas mais atrativas aos alunos e aumentar a frequência à escola. Exemplo disso é ampliar o uso da tecnologia na sala de aula. “Outra ideia é utilizar a inteligência artificial para criar mensagens SMS de incentivo aos alunos e de acompanhamento das atividades. Com base nas respostas ou na falta delas, é possível observar o comportamento dos alunos e pensar em estratégias de engajamento”, aponta. O projeto propõe ainda visitas aos alunos que abandonaram a escola ou estão prestes a deixar de frequentá-la para verificar os motivos da evasão.
A proposta também propõe uma versão moderna de acompanhamento vocacional dos alunos, chamado no texto de “Projeto de Vida”. A ideia é que os professores ajudem os estudantes a identificar suas aspirações, interesses e metas e também conheçam as possibilidades profissionais e de estudo disponíveis após a conclusão do ensino básico, o que está previsto na BNCC.
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