Entre erros, gafes e patetices públicas, ou nem tanto assim, uma parada reflexiva sobre a natureza e a anatomia do erro. Cataloguei algumas frases célebres. Ou, lições!
“Errar é humano”, já dizia Sêneca (filósofo romano, 4 aC-65 dC), carimbando seu nome nas enciclopédias. Explica, mas não justifica uma das mais marcantes características da pessoa: não aprender com o próprio erro.
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O oráculo chinês Confúcio (551 aC-479 aC) afirmou que “um homem que comete um erro e não o corrige está cometendo outro erro.” Parecido com o que disse Cícero, filósofo romano (106 aC-43 aC.): “Qualquer pessoa pode errar, mas só os tolos persistem no erro.”
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Então, está combinado. Podemos errar, mas repetir o erro é uma tolice. Mas, e ao esconder, ou negar o erro, como ficamos? Um anônimo ditado já dizia: “Muita gente aprenderia com seus erros se não estivesse tão ocupada negando que os cometeu”.
Mas, e sobre a segunda chance, a oportunidade de não fazer, deixar de errar, corrigir, ou fazer de modo diferente? Juscelino Kubitschek, presidente do Brasil (1902-1976), disse: “Volto atrás, sim. Com o erro não há compromisso”.
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Já o grande ator italiano Vittorio Gassman (1922-2000) queria o direito ao treino: “O único erro de Deus foi não ter dado duas vidas ao ser humano: uma para ensaiar, outra para atuar”.
Mas quem paga pelos erros? “Os erros têm um custo e alguém deve pagar por eles. O momento certo de se corrigir um erro é antes de cometê-lo. As causas dos erros são: primeiro, eu não sabia; segundo, não pensei; terceiro, não me importei!”, palavras do jurista inglês Henry Buckley (1845-1935). Com certeza, influenciado pelos julgamentos judiciais.
Mas o escritor norte-americano Edward Dahlberg (1900-1977) estava preocupado com a diferença entre erros e acertos: “Quem neste mundo tem crédito suficiente para pagar por seus erros?”.
Resumindo didaticamente e parafraseando um ditado anônimo: “Aprendamos com os erros dos outros. Não viveremos mesmo o tempo suficiente para cometer todos os erros possíveis”.
Para encerrar, uma pérola sobre governos e governantes, na palavra de Felipe Gonzalez, ex-primeiro-ministro da Espanha. Disse ele: “Raras vezes as coisas ocorrem pela primeira vez, ainda que assim seja a experiência pessoal de muitas pessoas. Por isso há tantos governos ‘adãonistas’, que creem que tudo o que fazem, ou o que lhes passa, é a primeira vez que ocorre.
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Isso os leva a pensar que estão criando sempre, ex-novo, que estão reinventando a ‘res publica’, até que caia em cima deles o peso da história, com suas constantes sociais e seu próprio ritmo, com suas idas e vindas inevitáveis.”
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