Categories: Francisco Teloeken

Verão: tempo de gastar mais

Algumas pessoas dizem preferir dias mais frios  ou, pelo menos, mais amenos. A maioria, entretanto, gosta do verão. Claro, quando são dias mais escaldantes, com temperaturas próximas ou até acima de 40°, como já tivemos nesta temporada, é difícil encontrar alguém que não reclame.

Independente de gostar ou não, o fato é que o verão  é um tempo de festas especiais, de praia, viagens, descanso, enfim, um tempo de aliviar a mente e o estresse,  repor as energias e preparar-se para um novo ano de muito trabalho, estudos, de realizações.

Toda essa variedade de atividades leva as pessoas a gastarem mais. Começa no último mês do ano anterior, com as festas de amigos, das famílias e os presentes de Natal; logo em seguida, em janeiro, concorrendo com as  despesas normais, tem as compulsórias  com  a compra do material escolar, o pagamento do IPTU e  IPVA. Quer dizer, o cardápio de gastos é enorme.

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Além das citadas despesas, no verão alguns itens acabam nos fazendo gastar mais. A Equipe Organizze chama a atenção para alguns deles que, embora ocorram durante o ano inteiro, no verão são mais expressivos e provocam maiores gastos financeiros:

  1. Férias – é o item que mais pesa; o ideal seria que a pessoa ou a família programassem as férias durante o ano, não só o que fazer e para onde ir, mas, também, a parte financeira, guardando mensalmente algum dinheiro para a finalidade, fazendo reservas antecipadas de hotéis e pesquisando preços de pacotes; como isso raramente acontece, as despesas das férias ou saem das rendas e salários do mês ou são convertidas em dívidas, principalmente no cartão de crédito;
  2. Procedimentos estéticos  – para conseguir eliminar alguns quilinhos a mais e fazer bonito na piscina do clube ou na praia, o que nem sempre se consegue com rapidez numa academia, muitas pessoas recorrem a tratamentos estéticos, que geralmente custam muito dinheiro;
  3. Comidas e bebidas de praia – com aquela moleza típica do verão e de férias, as pessoas preferem comer na praia, tomar aquela caipirinha e cerveja debaixo de um guarda-sol, pagando um preço mais “salgado”;
  4. Passeios nos finais de semana – mesmo ficando em casa, as saídas  na própria cidade implicam em maiores gastos: são sorvetes, sucos, chopes, etc., que, embora sejam de custos menores, somados atingem valores significativos;
  5. Uso do ar condicionado e ventilador – sem dúvida, são aparelhos que aliviam o calorão; o problema é que quanto mais tempo ficarem ligados, maior será o consumo de energia e, portanto, maior será a conta;
  6. Dinheiro extra – para quem é assalariado, a soma do 13º salário, bônus, participação nos resultados da firma, além dos adiantamentos de verbas das férias, pode ter a impressão que tem muito dinheiro para gastar; às vezes, esquece-se que, no mês seguinte, o salário volta a seu patamar normal, com o agravante do desconto de adiantamentos.

Se vale de consolo, a agência de notícias de crédito ao consumidor Experian apurou que 68%  das pessoas gastam demais, quando estão de férias. Além disso, 40% das pessoas que participaram da pesquisa disseram que acumularam dívidas de cartão de crédito, enquanto estavam de férias; 46% afirmaram usar o cartão de crédito para financiar suas férias.

Para quem está nessa situação, a recomendação fundamental é fazer um levantamento da situação financeira atual: do quanto pode dispor, em que gasta o dinheiro, os compromissos já assumidos, etc. Para facilitar essa tarefa, utilizar alguma planilha para registrar todos os gastos.

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Foto: Divulgação

Para evitar essas dificuldades financeiras no próximo ano, é mais do que tempo de começar de verdade um planejamento financeiro. A metodologia da DSOP Educação Financeira recomenda quatro passos:

  1. Diagnosticar: durante 30 dias (quem tem renda/salário fixo) ou 90 dias (para quem tem receitas variáveis) anotar todos os desembolsos; com base nesses números, em que é possível reduzir ou eliminar desperdícios ou supérfluos, elaborar um orçamento, observando a fórmula Receitas (-) Dívidas (-) valor dos sonhos (=) Padrão de vida;
  2. Sonhar: identificar os sonhos pessoais e familiares, como a compra/troca de carro, reforma da casa, próximas férias, etc;
  3. Orçar: levantar quanto custa cada um desses sonhos, em quanto tempo querem realizá-los e quanto podem apartar por mês para a finalidade;
  4. Poupar e investir: o valor separado para a realização de sonhos deve ser investido em algum produto financeiro. Com essas providências e cuidados básicos, é possível aproveitar melhor o verão, preservando a segurança e saúde financeira.

 

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