Verão exige responsabilidade e maior consciência ambiental

O verão começa no solstício do Hemisfério Sul, no exato momento em que o Sol está no ponto mais ao sul do horizonte. Assim, oficialmente, a nova estação chega apenas às 12h59 do dia 21 de dezembro, mas muita gente já aproveita a temperatura elevada para curtir praias de água doce e salgada, além de balneários, cascatas e outros lugares em contato com a natureza, que oferecem uma opção de refresco.

São momentos de lazer, mas que exigem muita consciência para que esse período não se torne um peso a mais para o meio ambiente, já tão sobrecarregado pela presença humana e seus impactos. É no verão que se necessita de ainda mais sabedoria ao utilizar água, por exemplo. Mesmo assim, a atitude de pensar no meio ambiente é algo necessário em todas as estações.

Descarte adequado reduz impactos

Conforme Fabiola Carlos Moreira, auxiliar técnica da área ambiental da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a geração de resíduos aumenta no verão, no período de festas e de férias. “Para diminuir esse impacto, cada cidadão deverá fazer a sua parte separando os resíduos corretamente, economizando água, usando embalagens reutilizáveis ao invés de descartáveis, diminuindo o uso de automóveis, evitando o consumismo e sendo um multiplicador de boas práticas”, comenta.

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Para quem busca se divertir na beira da praia ou em balneários sem deixar lixo em lugar inadequado, a melhor atitude é optar por produtos com menos embalagens ou a granel. “Caso isso não seja possível, levar algum recipiente para armazenar os resíduos e separá-los de forma correta”, orienta a profissional. Ela salienta, ainda, que resíduos como garrafas plásticas e latas de bebidas demoram anos para se decompor – metal, mais de cem anos; plástico, mais de 400 anos. Assim, além de contaminar o solo e as águas, eles são responsáveis pela morte de vários animais, que acabam ingerindo esses materiais.

Consumo prudente

O gerente da unidade de Santa Cruz do Sul da Corsan, Bruno Barreto, salienta que o verão é o período de maior consumo de água, sendo os meses de dezembro e janeiro os mais significativos. Na estação mais quente, que exige mais hidratação, além dos momentos de lazer relacionados ao consumo, é preciso ter atenção. “Deve-se utilizar sempre água de forma consciente, para atividades realmente necessárias na higiene e hidratação, sempre reaproveitando o que é usado na lavadora de roupas para a limpeza da casa. A água das piscinas de plástico só deve ser trocada quando estritamente necessário, reutilizando-a para regar as plantas e lavar as calçadas”, alerta. Barreto orienta que a população, se puder, opte por não realizar atividades que demandem muita água. “Pedimos que evitem atividades que consomem bastante, como lavar calçadas, casas e carros e molhar a grama”.

Apesar do período com escassez de chuva, dados repassados pelo gerente local dão conta de que o Lago Dourado está operando com 95% da capacidade total, devido a investimentos e melhorias feitas neste último ano, como aumento da capacidade do reservatório, melhoria na captação e substituição de 19 quilômetros de redes precárias, com previsão de mais 16 quilômetros. “Nas últimas semanas, estamos mobilizando o máximo possível em pesquisa e conserto de vazamentos, que aumentam muito neste período. Caso o consumo se mantenha como está, o lago tem capacidade de abastecimento para cinco a seis meses, considerando que não chova nesse período”, completa Barreto.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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