O músico Tony Bellotto firmou-se na cultura nacional como integrante da banda Titãs, desde a criação dela na década de 1980. Em paralelo, a exemplo de vários outros expoentes da música, também conduziu carreira autoral na literatura. E, por sinal, uma sólida caminhada.
Quatro romances que têm como protagonista o investigador Bellini tornaram-se best-sellers no gênero policial (lançou ainda obras não relacionadas com essa série). Bellini e a esfinge, de 1995, há quase 30 anos, foi acolhido com entusiasmo. A ele seguiram-se três outras histórias, publicadas em 1997, 2005 e 2014. Agora, nova ficção investigativa chega às livrarias: é Vento em setembro, lançado pela Companhia das Letras, em 296 páginas, a R$ 94,90.
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Aos 64 anos, Bellotto exercita sua criatividade em enredo que parte da região de Assis, no interior de São Paulo, para se ramificar pelo Brasil e pelo mundo. Um grande produtor de soja daquela área, multimilionário, organiza em sua fazenda uma mega-orgia na qual o seu primogênito deveria perder a virgindade. Mas as coisas não saem como planejado, pois o adolescente simplesmente desaparece.
Em meio à sucessão de fatos, entra em cena um jornalista/escritor, que vê seu próprio livro envolvido em uma série de pichações em prédios e monumentos na região histórica de Ouro Preto. Poderia haver alguma relação entre acontecimentos num primeiro momento sem elo? Em um thriller à moda clássica, o escritor vai fazendo novas descobertas, que acabam por remeter a sua própria vida (e o leitor acompanha esse périplo).
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