Autoridades venezuelanas ordenaram nesta quarta-feira, 15, o bloqueio do sinal da CNN em espanhol no país, dias depois da transmissão de uma reportagem sobre o suposto uso de passaportes venezuelanos falsos, que provocou a revolta do governo. Até agora, o sinal da CNN em inglês continua operando.
A agência reguladora das telecomunicações anunciou a decisão através de um comunicado como medida cautelar incluída na abertura de um processo administrativo contra a CNN, alegando que o conteúdo do canal consiste em agressões diretas que atentam contra a paz e a estabilidade democrática do povo venezuelano.
No comunicado, a agência assegura que o conteúdo que a CNN difunde gera “um clima de intolerância e, sem provas ou argumentos, difama e distorce a verdade de forma perversa”. O anúncio aconteceu horas depois de a chanceler Delcy Rodríguez afirmar, em uma coletiva de imprensa, que o governo do presidente Nicolás Maduro solicitou às autoridades para que tomem medidas contra a CNN diante do “dano” causado ao país, sem oferecer detalhes.
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A chancelar também criticou a reportagem sobre a suposta entrega de passaportes venezuelanos falsos a membros do Hezbollah, no Oriente Médio. Delcy desmentiu a informação e acusou o ex-funcionário da embaixada Venezuelana no Iraque, Misael López, de usar a CNN como fonte e de ser um “agente” a serviço de “agências imperialistas”. Ela ainda disse que ele teria tentando usurpar a identidade do chefe da delegação diplomática em uma operação bancária e foi denunciado por abusar sexualmente de uma intérprete.
Paralelamente, a agência reguladora pediu aos meios de comunicação locais que ofereçam aos venezuelanos informações oportunas e verdadeiras.
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