As vendas de veículos novos ao mercado interno aumentaram 22,1% em março sobre fevereiro, mas mantiveram a queda de 23,6% sobre março do ano passado. Houve um recuo de 28,6% no trimestre. Os números abrangem todo o país. Foram comercializados no mês passado 179,1 mil veículos. A produção cresceu a um ritmo maior (42,6%) do que o escoamento dos produtos. Em março, foram produzidos 195,3 mil veículos.
No entanto, quando comparado ao mesmo período do ano passado, houve queda de 23,7% e, no acumulado dos três meses de 2016, a produção ficou 27,8% menor. Os dados foram divulgados hoje (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
CRISE
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O presidente da Anfavea, Luiz Moan, disse que o crescimento da demanda interna não sinaliza uma “retomada e reflete o agravamento da crise política”. Segundo ele, nos dias em que ocorreram manifestações no país algumas concessionárias que não receberam nenhum consumidor. Moan considera que é cedo para fazer uma previsão sobre o comportamento do mercado para os próximos meses.
Destacou que mesmo o crescimento da produção não pode ser visto como uma recuperação. “Estamos com um trimestre que é o pior desde 2006, portanto, sem comemoração.” O executivo informou que apenas 51,4% dos negócios foram a prazo, no menor patamar de financiamento dos últimos 14 anos, o que demonstra falta de confiança dos consumidores.
As exportações também melhoraram o desempenho em relação a fevereiro último com o número de unidades embarcadas 0,2% maior, mas se comparada a março de 2015, houve redução de 7,7% e, no trimestre, queda de 7,6%. No acumulado do ano, em valores, as vendas externas atingiram US$ 2,2 bilhões.
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O fraco desempenho das montadoras instaladas no país se refletiu também em cortes de vagas. Os dados da Anfavea indicam que caiu em 1,1% o nível de emprego, passando de 129.862 trabalhadores, em fevereiro, para 128.477 em março.
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