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Venda do tabaco à indústria entra na reta final na região

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) informou que 614.374 toneladas de tabaco já foram entregues às empresas na atual safra. O volume representa o total das variedades Burley (49.260 toneladas) e Comum (6.497 toneladas), além de 97% do Virgínia (575.894 toneladas).

A estimativa inicial, realizada em outubro de 2020, indicava uma produção de 606.952 toneladas de tabaco nos três Estados do Sul do Brasil. Após pesquisas realizadas com produtores, essa projeção foi refeita em junho deste ano e apontou para um total de 631.651 toneladas. O incremento se deve ao aumento na produtividade da variedade Virgínia, superior à das últimas cinco safras.

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De acordo com a Afubra, os produtores haviam entregue 564.233 toneladas no mesmo período do ano passado, o que totalizava 87% do volume estimado para a safra passada (646.991 toneladas). Porém, em vista da estiagem ocorrida nos três Estados, houve redução da expectativa e a safra 2019/20 finalizou com 633.021 toneladas.

Na entrega às indústrias, a região mais adiantada é o litoral catarinense, com 100%. As outras estão, em média, com 95% do produto vendido. A compra pelas empresas deve ser encerrada na metade de agosto, como ocorre tradicionalmente.

Conforme o tesoureiro da Afubra, Marcílio Drescher, grande parte dos municípios produtores de tabaco foi atingida pela seca no início da safra. Alguns fumicultores tiveram uma pequena perda. Porém, no geral, a qualidade do tabaco ficou dentro da normalidade.

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Os valores

Nas pesquisas parciais, o preço médio por quilo do Virgínia ficou em R$ 10,30, com 2.353 produtores consultados. No Burley, a média é de R$ 10,11 por quilo, calculado após 904 pesquisas. No mesmo período, no ano passado, o Virgínia estava em R$ 9,55 e o Burley em R$ 8,45. No Virgínia, até o momento, as pesquisas indicam uma elevação de 7,82% no preço, enquanto no Burley, 19,57% de elevação, comparando com o valor médio pago na safra passada. “Lembramos que esse aumento se deve à flexibilização da compra nas esteiras, a partir de meados de maio. Essa política das empresas fumageiras nos últimos meses, na reta final da comercialização, está deixando os produtores que entregam seu tabaco mais cedo indignados”, explica Marcílio Drescher. A Afubra ainda fará novas pesquisas até a conclusão da safra.

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