A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 1,565 bilhão no mês passado, informou nesta terça-feira, 19, o Tesouro Nacional. O valor vendido por meio do programa Tesouro Direto é recorde para meses de dezembro e o segundo melhor mês da história, só perdendo para maio de 2015 (R$ 2,411 bilhões).
Outro recorde de dezembro foi o número de investidores cadastrados em 30 dias. Apenas no mês passado, 20.056 participantes passaram a fazer parte do programa, a maior adesão desde o início da série histórica. Ao todo, o Tesouro Direto conta com 624.358 investidores cadastrados, alta de 37,49% nos últimos 12 meses.
No mês passado, os títulos mais vendidos foram os corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Esses papéis concentraram 51,3% das vendas em dezembro.
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Em segundo lugar, vieram os papéis vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), que responderam por 26,9% das vendas. Em terceiro, ficaram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 21,7% das vendas. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 67,8% do volume aplicado no mês.
Com o resultado de dezembro, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 6,6% em relação a novembro, alcançando R$ 25,6 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 318,4 milhões. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
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A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipada.