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Economia

Venda de motos aprofunda queda em 2016 e produção volta ao nível de 2002

O prolongamento da recessão econômica no Brasil aprofundou a queda na venda de motocicletas em 2016. Balanço divulgado nesta quarta-feira, 18, pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) mostra que o mercado somou 899,7 mil unidades vendidas no ano passado, uma queda de 26,5%, mais que o dobro do recuo observado em 2015, de 11%.

Com a retração na demanda, a produção também intensificou suas perdas e voltou a níveis próximos de 2002. O número de motocicletas produzidas em 2016 caiu 29,7%, para 887,6 mil unidades. Em 2015, o declínio havia sido de 16,8%. “O segmento de motocicletas sofreu com as incertezas da política durante todo o ano de 2016”, afirmou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. 

Para 2017, as projeções da Abraciclo são de queda mais suave para as vendas, de 1,1%, e de leve aumento na produção, de 3,8%. “Diante de um mercado mais cauteloso, o setor projeta atingir resultados semelhantes ao do ano anterior, mantendo-se estável. Além disso, a realização de eventos, como o Salão Duas Rodas, em novembro, deverá contribuir para estimular os negócios no segundo semestre”, disse.

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Exportação

As exportações, embora tenham começado o ano em alta, também não escaparam de uma nova queda, esta, no entanto, menor que a de 2015. Enquanto no ano passado o recuo foi de 14,6%, para 59 mil unidades, em 2015 havia sido de 21,5%. Para 2017, entretanto, a associação estima que as exportações cresçam 57,6%, para 93 mil unidades.

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