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Veja o que dizem os usuários sobre a situação da RSC-471 em Encruzilhada do Sul

Foto: Alencar da Rosa

Usuários da RSC-471 bloquearam o trânsito na manhã dessa quinta pera pedir providências

“Andar por aqui é uma tragédia.” Há 12 anos trabalhando como frentista num posto de combustíveis à margem da RSC-471 em Encruzilhada do Sul, Jonatas Leite de Oliveira, de 46 anos, sintetiza a opinião de muitos usuários da rodovia. No dia a dia, aliás, ele acompanha histórias de motoristas que têm veículos danificados, ou que chegam a sair da pista na tentativa de desviar dos buracos. “Em dias de chuva, à noite, eu mesmo me pergunto se preciso sair de casa e pegar a estrada”, diz.

A situação de precariedade, que se mantém ao longo dos anos, motivou uma mobilização na manhã dessa quinta-feira, 17. Moradores, caminhoneiros, empresários e líderes políticos se reuniram no quilômetro 221, em frente ao Posto Nevoeiro, para reivindicar melhorias. Com paletes e pneus, o grupo bloqueou a via a partir das 8 horas, liberando o trânsito a cada 30 minutos.

Manifestantes bloquearam rodovia na manhã de quinta para alertar sobre os riscos | Foto: Alencar da Rosa

VEJA: VÍDEO E FOTOS: manifestantes cobram melhorias durante protesto na RSC-471

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“Além dos buracos e dos desníveis, a rodovia apresenta falta de sinalização, pintura e roçadas. Queremos uma resposta do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer)”, afirmou Luís Henrique Pilati, um dos nomes à frente do protesto. Ainda de acordo com ele, o grupo também solicita o agendamento de audiência com a Secretaria de Logística e Transportes do Estado. “Dois anos atrás, nós promovemos um protesto. Como resposta realizaram uma operação tapa-buracos, mas que não resolveu o problema”, afirmou Pilati.

Para ele, que trabalha há 40 anos com o transporte de grãos, as atuais condições da estrada representam riscos de tombamentos e de acidentes, altos custos de manutenção, mais consumo de combustível, além de prolongar a viagem por quase duas horas no percurso Encruzilhada do Sul – Rio Grande.

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De acordo com os manifestantes, a situação da RSC-471 é bastante precária por cerca de 40 quilômetros, seguindo até Canguçu. Além das melhorias, eles pedem também pela federalização do trecho.

À Gazeta do Sul, em nota enviada por e-mail, o Daer afirmou que uma operação tapa-buracos estava programada para começar nessa segunda-feira, nos pontos críticos na rodovia, a fim de melhorar as condições de trafegabilidade. Equipes da Polícia Rodoviária Estadual e da Brigada Militar acompanharam o ato e ajudaram a controlar o tráfego durante a manifestação dessa quinta-feira.

Saiba mais

Considerada um dos principais corredores de exportação do Estado, com ligação até o Porto de Rio Grande, a RSC-471 é uma rodovia federal entre Santa Cruz do Sul e Pantano Grande. Desse município até Canguçu, porém, a estrada é de domínio do Estado. No dia 22 de junho deste ano, a Gazeta do Sul publicou reportagem relatando a realidade daquele ponto.

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O que dizem os usuários da RSC-471

“Saí de Rio Grande em direção a Passo Fundo, mas moro em Santa Isabel do Oeste, no Paraná. Trafego por essa rodovia duas vezes por mês e está bem difícil. Tem cada vez mais buracos. Isso compromete a vida útil dos pneus, prolonga a viagem e representa alto risco de acidentes. Por isso a mobilização é bem-vinda.“

Sandro Alex Vacarin, 47, caminhoneiro há 23 anos. Transporta adubos e grãos.

“Vi agora, na viagem, que uma peça do caminhão estava quebrada. Ela custa cerca de R$ 1,5 mil, mas vou ter que trocar. Com certeza, isso é consequência das condições da estrada. Considero aqui um dos piores trechos para viajar. À noite, por exemplo, não tem condições. Eu não viajo. Um colega já tombou o caminhão nesta região.”

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Nelson Agnoletto, 65, caminhoneiro há 45 anos. Seguia de Rio Grande a Tapejara, onde mora

“No mês passado fizeram uma festa em homenagem aos caminhoneiros, aqui perto. Tinha uma fila de veículos no acostamento, todos com pneus estourados. E aqui ainda o sinal de celular é fraco. Sem falar que no caminho até Rio Grande, o próximo posto de combustíveis fica a 60 quilômetros.”

Jonatas Leite de Oliveira, 46 anos

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