Pelo segundo ano consecutivo, vivemos uma Páscoa diferente da habitual. Este momento que para muitos representa a reunião da família, necessitou ser internalizado, de encontro e acolhida em cada ser. Em vez de abraços e grandes partilhas à mesa, o convite este ano é para a reflexão, para olharmos de forma ainda mais expressiva para a vida com gratidão.
O momento pelo qual passamos, de mudanças, incertezas, perdas e recomeços, nos mostra que é preciso renovar a esperança de que novos e melhores dias virão e que, assim que possível, poderemos celebrar esta data e, outros tantos momentos especiais, junto de quem amamos.
A fé, carregada de sentidos, amplia a coragem para viver cada dia. Direciona à compreensão de que contratempos fazem parte da jornada e, que necessitamos manter as velas de nossos corações acesas, para encontrarmos um caminho de paz, fraternidade, espiritualidade e compaixão.
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A Semana Santa para os cristãos celebra, ano após ano, os mistérios da Salvação: a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Do Domingo de Ramos ao Domingo da Páscoa, fiéis relembram os passos de Cristo, que morto crucificado, foi sepultado e ressuscitou para salvar a todos.
Um dos maiores exemplos do personagem principal desta celebração é, justamente, o amor ao próximo. Amor que também se encontra na solidariedade e no cuidado com o semelhante. Cuidemos de nós e dos outros, com carinho, paciência e consideração.
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Novamente esta Semana Maior, a Semana Santa, será celebrada no contexto da pandemia da Covid-19. O Tríduo Pascal, coração do Ano Litúrgico, na qual celebramos os mistérios centrais da nossa fé cristã. A paixão-morte, a sepultura e a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pároco Pe. Gelso Bernardy
A Semana Santa será diferente para todos nós, não podemos negar isso. A experiência de segurar os ramos e proclamar a entrada de Jesus, em Jerusalém, no Domingo de Ramos; a beleza de celebrar e comemorar a Última Ceia de Jesus, quando o lava-pés dos apóstolos e instituiu a Eucaristia, na Quinta-feira Santa; penetrar no vazio e na escuridão da morte de Cristo na Sexta-feira Santa; Vigília Pascal no Sábado Santo; e o júbilo sentido e vivido pela Ressurreição de Jesus, vitória sobre a morte, no Domingo de Páscoa; todas essas são experiências que fazem parte da vivência da nossa Semana Santa todos os anos.
Para viver essa participação nesses dias santos, será de muita utilidade e ajuda, acompanhar as celebrações litúrgicas através dos meios de comunicação, internet, Facebook, rádios, TV. Enfim, são muitos os meios que cada um pode fazer para viver mais profundamente a Semana Santa neste ano, individualmente ou com sua família. Ânimo meus irmãos, porque através da cruz que vivemos, virá a glória da ressurreição. Caminhemos na esperança
No Evangelho de Lucas 19.40 está escrito: “Jesus respondeu: Eu afirmo a vocês que, se eles se calarem, as pedras gritarão!”
Teólogo Ismael Richter Dahm
No último dia 28 de março, celebramos o Domingo de Ramos. Data que narra a entrada de Cristo em Jerusalém, onde o povo o aclamava e celebrava a chegada do verdadeiro Messias. Mas, o Domingo de Ramos também marca o início da Semana da Paixão de nosso Senhor, de todo o seu sofrimento. E, assim como na semana da Paixão de Cristo, vivemos um período de muito sofrimento, tristeza, incertezas e apreensão, dado o desastre da pandemia. Sentimo-nos, tal qual os discípulos, após a morte de Cristo na cruz: perdidos e sem esperanças. O mundo todo tem experimentado estas sensações. Em especial o nosso país, com a polarização, a politização da morte e do sofrimento, e a falta de união.
Nós, como Igreja e como cristãos e cristãs, temos o dever de cumprir a tarefa de Cristo, rogando por mais amor, pelo cuidado e pela Diaconia. Inclusive, prezando por estes aspectos, a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Sobradinho optou por seguir unicamente celebrações online enquanto durar a bandeira preta em nosso Estado. Mas, mesmo assim, é momento de alentar o povo para a esperança com a festa da libertação em Cristo ressuscitado! Esta é a vontade de Deus! Ele quer os sinais do seu Reino aqui e agora, com seus filhos e filhas como protagonistas, pois, se nos calarem ‘as pedras gritarão’. Uma abençoada Páscoa a cada um e cada uma de vocês!”
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