O fim de ano e a chegada do calor costumam ser períodos de consumo elevado de água potável. Em Santa Cruz do Sul, mesmo com o Lago Dourado em nível seguro e com regularidade de chuvas, cuidados para evitar o consumo excessivo devem ser tomados. Além de reduzir o valor da conta, o consumidor pode fazer a diferença para que não haja desabastecimento.
Conforme o superintendente regional da Corsan, José Epstein, a companhia realiza projetos que abordam a preservação dos mananciais e as medidas para evitar o desperdício de água. A Corsan possui uma plataforma digital chamada H2Hoje, disponível em aplicativo para dispositivos ou pelo site h2oje.com, com conteúdos voltados para a educação ambiental de crianças e material educativo sobre o tema da água.
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“Nós, que trabalhamos nessas questões de abastecimento, observamos que cada vez mais a demanda de água tem aumentado”, disse Epstein. A região passou por uma estiagem severa recentemente, e a previsão é que o início do próximo ano também seja de seca, o que exige maior conscientização das pessoas.
O consumo consciente gera economia financeira, mas também preserva o meio ambiente, uma vez que o menor uso de água proporciona também menor demanda de energia elétrica e de produtos químicos para o tratamento.
Segundo o superintendente da Corsan, há muitas dicas para reduzir o consumo, como acumular peças de roupas antes de utilizar a máquina de lavar e usar o chuveiro de forma adequada. Os moradores podem evitar o uso de mangueiras ou, quando necessário, substituí-las por lava-jatos, que consomem menos. Outros cuidados para evitar o desperdício incluem reutilizar a água da máquina de lavar roupas para limpar pisos e calçadas.
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Também é possível tomar medidas como manter a torneira fechada ao escovar os dentes e fazer a barba, adotar o uso de regador para molhar plantas e lavar o carro utilizando balde. Para quem viaja, também é importante fechar o hidrômetro e se certificar de que não existem vazamentos.
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Quem vive no campo também pode evitar o desperdício de água. A Emater-RS/Ascar incentiva a instalação de cisternas para armazenar água da chuva, além de atuar na proteção de nascentes nas propriedades rurais. As ações incluem o desenvolvimento de uma consciência de preservação e, quando possível, análises da água para garantir a eficiência do trabalho realizado.
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Segundo a extensionista rural social de Passo do Sobrado, Ana Claudia Miotto, a entidade visita as famílias para perceber as demandas. “Uma das possibilidades de melhoria na qualidade da água é por meio da proteção de nascentes. A família é orientada quanto aos benefícios dessa prática, sua importância para a saúde humana e a preservação do meio ambiente, materiais necessários, custos e a mão de obra para a execução.”
Conforme Ana Claudia, o uso de cisternas também é recomendado pela Emater-RS/Ascar. “Essa tecnologia permite utilizar água de reuso para fins não potáveis, como lavagem de pisos e calçadas, e também nos sanitários, além de jardins e produção agrícola. Além de ser um meio de poupar água, as cisternas são alternativas para armazenagem em períodos de estiagem, proporcionando autonomia em sistemas produtivos”, explica.
A instalação das cisternas depende de para qual finalidade será usada a água – se para fins de produção agrícola ou apenas uso doméstico. O proprietário deve dimensionar o volume da cisterna para a quantidade a ser captada conforme a área de telhado disponível, os índices pluviométricos da região e o tipo de material que será utilizado na construção. O equipamento pode ser usado em residências, galpões e até mesmo em estufas para a produção de verduras.
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Confira quanta água pode ser gasta em casa quando não são tomadas medidas de prevenção:
– Torneira pingando na cozinha ou no banheiro: 46 litros de água por dia.
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– Torneira aberta enquanto se lava a louça: 100 litros.
– Lavar o carro com mangueira: até 560 litros em 30 minutos.
– Demorar no banho: 95 a 180 litros (banhos de no máximo 15 minutos economizam água e energia).
– Torneira aberta enquanto se escova os dentes: desperdício de até 25 litros.
– Lavar calçadas com vassoura e balde, em vez de mangueira: economia de 250 litros.
O custo da cisterna pode variar de acordo com o tamanho e material empregado. “Um modelo adaptado com bombona para uso residencial, com capacidade para 240 litros, custa em média R$ 150,00 se feito em casa. É importante salientar que é necessária a instalação de um filtro para retirar as impurezas vindas do telhado, como galhos e folhas”, completa a extensionista rural Ana Claudia Miotto.
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