A carne de cordeiro para muitos é insubstituível à mesa, seja num preparado ao forno, assada, num ragu ou qualquer outra forma. É leve, suculenta e de fino sabor. E a receita de hoje une-a ao cuscuz marroquino, uma iguaria de origem árabe. A seguir, a paleta de cordeiro com cuscuz marroquino!
Preparo: em um pote, preparar o molho da marinada juntando todos os ingredientes menos o sal. Misturar bem. Com um pincel de cozinha, passar a marinada em toda a paleta e acomodar em uma assadeira, deixando pegar gosto por cerca de seis horas. Salgar a paleta e juntar o vinho tinto sem derramar em cima da carne, cobrir com papel-alumínio e levar ao forno pré-aquecido a 200 graus por 40 minutos.
Retirar o papel-alumínio e assar por mais 30 minutos. Sacar do forno, separar a carne e levar a assadeira para a boca do fogão em fogo alto, adicionar duas xícaras de água fervente, juntar sal e pimenta e deixar reduzir, mexendo com uma colher de pau para diluir a crosta que ficou no fundo da assadeira. Tirar do fogo, coar e adicionar uma colher de sopa de manteiga gelada, batendo bem para engrossar. Essa técnica se chama demiglace. Servi-lo por cima do cordeiro acompanhado do cuscuz.
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Preparo: fritar o alho e a cebola no azeite e adicionar os legumes e as frutas. Refogar até murcharem. Acrescentar o caldo de frango. Quando o caldo de frango estiver aquecido, desligar, adicionar o cuscuz e leite de côco e tampar a panela. Somar a salsa e o coentro e temperar com sal e pimenta-do-reino. Reaquecer e servir.
Esta receita rende quatro porções.
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O cuscuz é um prato popular salgado, feito com massa de farinha de milho cozida com legumes ou frutas e umedecida com leite de coco, caldos, etc. O kuz-kuz ou alcuzcuz nasceu na África Setentrional. Inicialmente era feito pelos mouros com arroz ou sorgo, espalhando-se pelo mundo no século 16, quando passou a ser preparado com milho americano. No Brasil, a iguaria foi trazida pelos portugueses e acabou se popularizando. De entrada a prato principal, o cuscuz sofre influências culturais e regionais sem perder o sabor.
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Esta semana degustei um vinho tinto uruguaio de um produtor que gosto bastante. Trata-se da vinícola Viñedo de Los Vientos, do inquieto enólogo Pablo Fallabrino e sua esposa Mariana Cerutti, cujos vinhedos estão localizados a poucos quilômetros do encontro entre o Rio de la Plata e o Oceano Atlântico, na região de Atlántida, no Uruguai.
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Trata-se de um Tannat de raiz, daqueles que fizeram a viticultura uruguaia espalhar-se pelo mundo tendo essa casta como cartão de visitas. O Eolo Gran Reserva Tannat 2014 é um vinhaço elaborado com 85% de Tannat e 15% de Ruby Cabernet, e que passa 36 meses em barricas de carvalho francês para acomodar seus taninos. Apresenta cor rubi intensa quase negra e explode na taça aromas de frutas negras bem maduras, couro, tabaco, tostado, balsâmico, alcaçuz e ainda um toque mentolado. Em boca, é a essência do tradicional Tannat uruguaio com muita estrutura, encorpado, seco, potente, madeira aparente e taninos domesticados e redondos, mas que fazem o paladar curvar-se ao seu ímpeto. Amplo e agradável final.
Como bom Tannat, faz ótimo par com carnes na brasa, filé mignon com molho de parmesão, entrecôte com provolone, ossobuco com polenta, espaguete com bacon, miúdos assados e queijos de massa dura. Possui 14% de graduação alcoólica e o ideal é degustá-lo na temperatura de 16 a 18 graus. E lembre-se: se beber, NÃO DIRIJA!
“A cozinha é um pouco como cinema. É a emoção que conta”
Anne-Sophie PicPublicidade
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