No dia 20 de fevereiro, a queda de uma ponte pênsil entre o município gaúcho de Torres e a cidade de Passo de Torres, em Santa Catarina, resultou em diversos feridos e na morte de um jovem de 20 anos. O corpo da vítima foi encontrado apenas na madrugada do dia 23, a cinco quilômetros de distância do local do acidente.
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O fato é investigado pela Polícia Civil gaúcha e o inquérito deve ser finalizado em cerca de 90 dias. A principal hipótese trabalhada pelo poder público como causa da queda é o mau uso da ponte. A estrutura de 100 metros de extensão sobre o Rio Mampituba tem capacidade para 20 pessoas ao mesmo tempo. O Corpo de Bombeiros estima que pelo menos 60 usuários estavam na estrutura na hora do acidente, e 27 já foram identificados pela polícia.
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No Vale do Rio Pardo, diversas pontes semelhantes estão distribuídas sobre os rios da região, auxiliando no deslocamento dos moradores do interior e também formando belas paisagens em pontos turísticos, já que as estruturas podem ser muito bem apreciadas, caso utilizadas de forma correta.
Um dos municípios da região que mais possui este tipo de ponte é Sinimbu. São cerca de 100 sobre o Rio Pardinho, nem todas de responsabilidade da Prefeitura. A mais visitada é a ponte localizada entre a Escola de Educação Infantil Criança Feliz e o ginásio municipal, na Avenida General Flores da Cunha. Segundo a Prefeitura de Sinimbu, todas as pinguelas sob responsabilidade do Município possuem placas indicativas de capacidade máxima, que é de três pessoas.
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Em Vale do Sol, a Secretaria de Obras, Transporte, Serviços Essenciais e Trânsito, de responsabilidade do secretário Alessandro Kappel, cuida de um grande número de pinguelas sobre o Rio Pardo e seus afluentes. Segundo Kappel, que também está à frente da pasta de Agricultura, Meio ambiente e Turismo, é importante que os usuários tenham consciência na hora da utilização das pontes pênseis. “Elas são para fazer a travessia de um ponto até outro. Em alguns locais as pessoas passam quando está acima do limite de usuários. A ponte não é para ficar pulando ou balançando. Em Torres, o peso foi ultrapassado e aconteceu uma tragédia”, aponta o secretário.
Kappel também lembra que em certos casos até motoqueiros utilizam as pontes pênseis, conduta que, além de proibida, é muito perigosa. “Em algumas houve mortes em anos anteriores. Desde 2017, temos um pé atrás na manutenção, fazendo verificações mais seguidas. As manutenções são da Prefeitura mesmo, e não são poucas. A gente vem tentando fazer a troca total de cabos e madeiras, e todas elas com informações básicas nas entradas”, salienta.
A Prefeitura de Candelária administra cerca de 20 pinguelas, a maioria em pontos que recebem visitantes à procura dos pontos turísticos. O secretário municipal de Transportes, Obras Públicas e Trânsito, Marlon Wohlemberg da Silva, destaca que os usuários são grandes aliados na manutenção das passagens. Além de contar com um profissional responsável por pontes e pinguelas do município na Secretaria de Obras, muitos grupos de ciclistas fazem percursos pelo interior e acabam alertando a Prefeitura sobre possíveis danos nas estruturas.
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Wohlemberg salienta que recentemente uma nova pinguela foi construída em parceria com a Prefeitura de Vale do Sol. Ainda para 2023, o Município de Candelária projeta a revitalização de outra estrutura no Balneário Carlos Larger, a Prainha, fazendo a ligação com Linha do Rio, às margens do Rio Pardo. “Está no programa uma reforma completa, até troca dos postes. No momento, estamos providenciando a madeira para fazer a reforma, pois o material para essas pinguelas tem que ser de um determinado tipo de eucalipto, uma madeira de durabilidade maior”, explica o secretário. Ele destaca que o Município trabalha de forma periódica para evitar acidentes como o ocorrido no Litoral Norte do Estado.
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