Tradição na região Centro-Serra do Vale do Rio Pardo, a produção de fumo em rolo e de cordão foi perdendo força com o passar do tempo. Na localidade de Campo da Aviação, interior de Sobradinho, encontramos nessa terça-feira um dos poucos produtores que segue na atividade. David Herath, de 62 anos, faz todo o processo há quase três décadas. Ele mesmo planta dois hectares de tabaco tipo jaguari – ideal para o fumo de cordão – e depois faz a destala, a envaração, a corda em si e a cura, que leva três meses.
Depois de colhidas e destaladas, as folhas ficam no galpão por três dias, quando já estão prontas para virarem corda de fumo. As fitas de dez metros são esticadas em outro galpão, em uma atividade quase artesanal. “É uma tradição que procuro manter apesar da baixa procura”, diz Herath, que recebe entre R$ 30,00 e R$ 40,00 pelo quilo do produto pronto. A venda complementa a renda da propriedade, puxada pela produção de soja.
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