As altas temperaturas do verão incomodam a maioria das pessoas, mas os animais não ficam de fora. Os cuidados com os pets devem ser redobrados, já que eles podem sofrer desidratação, queimaduras e problemas de pele em decorrência do calorão. Raças de cães e gatos também podem ter transtornos específicos nesta época, para os quais os tutores devem estar preparados.
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Um dos riscos à saúde dos animais domésticos são os ambientes climatizados, como explica a médica veterinária e proprietária da Clínica Pet Boulevard, Manuela Oliveira Hammes. “É preciso ter um local mais arejado e ventilado para o animal estar mais fresco. Quem usa ar-condicionado também deve cuidar com o choque térmico, que pode fazer mal.” Conforme a profissional, a mudança brusca de temperatura pode causar problemas respiratórios. O ideal é usar o ar-condicionado em 22 ou 23 graus e quando for dormir, se o animal ficar no quarto, deixar uma fresta para que ele possa sair.
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A veterinária explica que o verão é a época de maior movimento na clínica, por causa de uma série de riscos que os bichinhos correm. Até otites, vermes e bicheiras são mais comuns. Alguns problemas afetam raças específicas. Os braquicefálicos, de focinho achatado, como pugs, buldogues, shih tzus e pequineses, podem ter problemas respiratórios e ficar ofegantes durante as caminhadas. Já os animais de pelos muito densos, como samoiedas, chow-chows e os gatos persas, podem ser tosados, mas nunca em excesso. Manuela orienta que o ideal é deixar o pelo numa altura de três dedos, para que eles não fiquem com a pele muito exposta ao sol.
No verão, os cuidados devem incluir uma observação atenta dos bichinhos, isso porque o ar é mais seco em Santa Cruz do Sul. Os horários de passeio devem ser limitados à manhã, bem cedo, antes de o sol estar forte, ou no fim da tarde. Segundo Manuela, os cães nunca devem ser levados para passeios no asfalto, pois isso pode causar queimaduras nas patas. Além desse problema, ela já atendeu casos de desidratação, quando os cachorros ficam do lado de fora da sacada ao sol. Animais de pelo claro e curto, como boxer branco, pitbull e buldogue francês, devem receber bloqueador solar específico para cães, porque há o risco de queimaduras e até câncer de pele com a exposição prolongada.
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Os meses mais quentes ainda são um período de alerta para doenças virais, como cinomose e parvovirose, já que o vírus é mais sensível ao frio, então é importante manter as vacinas em dia. Também é preciso ter cuidado com os mosquitos, capazes de transmitir a leishmaniose. É possível usar repelente para proteger os cães. Outro alerta é para a floração das árvores, que pode causar reações alérgicas e até rinite. Os animais apresentam espirros e tosse, e o tratamento é feito com antialérgicos. E convêm ter precaução na hora do banho dos pets. “Por conta do calor, as pessoas acham que podem dar banho em casa, mas é preciso secar muito bem com o secador de cabelo para evitar dermatites”, explica a veterinária.
Na hora de viajar
Outra dúvida dos tutores de pets diz respeito às viagens de férias. A veterinária indica que os cães e gatos não devem se alimentar em grande quantidade, para evitar enjoos no carro. Os proprietários não devem mediicar os animais sem orientação profissional. Os calmantes sem prescrição podem causar complicações e até a morte, especialmente para cachorros idosos. Para quem pretende levar o bichinho, há opções como calmantes mais naturais e fitoterápicos que podem ajudar.
Gatos
Os tutores devem tomar os mesmos cuidados com os gatos, especialmente os persas, que possuem o nariz mais achatado e têm dificuldade para respirar. Uma dica indispensável é garantir a hidratação dos bichanos, trocando a água das vasilhas com frequência para que ela não esquente e, se possível, garantindo água corrente de uma fonte, por exemplo. O local também deve ser arejado e ter frestas de ventilação ou tela nas janelas para a entrada do ar.
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