Por mais de 55 anos, Gal Costa, que morreu nesta quarta-feira, 9, aos 77 anos, esteve em estúdios, palcos e momentos decisivos da música brasileira. Desde 1965, quando gravou um single intitulado Maria Da Graça (nome dela de batismo), até 2021, ao lançar o álbum Nenhuma Dor, em que relia sucessos da carreira ao lado de convidados, ela se manteve no pódio das grandes intérpretes do País. Não somente pelo timbre absolutamente especial, mas pelo repertório que chegava para ela em primeira mão.
Músicas de Caetano Veloso (o compositor que a acompanhava desde o início da carreira), Gilberto Gil, Chico Buarque, Tom Jobim e Dorival Caymmi passaram pela voz de Gal, que nos últimos anos vinha se aproximando da nova geração da música brasileira.
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Gravada no histórico álbum Tropicália (1968), Baby foi feita por Caetano Veloso especialmente para Maria Bethânia, que optou por não participar do disco. Assim, a música foi interpretada por Gal e se tornou o primeiro sucesso popular da artista, que a manteve em shows por toda a carreira.
O produtor Manoel Barenbein pediu “uma música” a Erasmo Carlos para incluir no segundo disco de Gal que estava produzindo. O que veio foi uma canção que se tornou emblema da cantora vida afora.
Exilado em Londres, Caetano enviou esta canção com letra em inglês sobre o sofrimento fora do Brasil para Gal gravar. A faixa foi um dos grandes hits de 1970.
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Gravada inicialmente em um EP de quatro faixas com arranjo heavy, Vapor Barato tornou-se mais conhecida após a inclusão no histórico show Gal a Todo Vapor (1971), que daria origem ao disco Fa-Tal. A música de Jards Macalé e Waly Salomão encerrava o espetáculo, marco da contracultura nacional.
Gal Costa chegou a ser cogitada para interpretar Gabriela na novela homônima da TV Globo. Ela recusou e o papel ficou com Sônia Braga, mas gravou o tema de abertura composto especialmente para a trama por Dorival Caymmi e se tornou “a voz” da personagem.
Canção de Caetano Veloso gravada por Gal no disco Fantasia (1981), um dos maiores êxitos comerciais dela. A faixa entrou na trilha sonora da novela Brilhante e se tornou conhecida de milhões de brasileiros que viam a trama escrita por Gilberto Braga.
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Gal Costa estava no fim das gravações do disco que marcaria a estreia na gravadora RCA quando Caetano Veloso enviou da Europa uma fita com esta música, que acabou abrindo o álbum, intitulado justamente Profana.
Cazuza já cantava Brasil em shows, mas quando Gal Costa a gravou especialmente para a abertura da novela Vale Tudo, o País viu a potência da letra que fala sobre as mazelas e hipocrisias nacionais.
A carreira de Gal Costa passava por uma entressafra quando Caetano Veloso quis produzir um novo álbum dela. Com letra densa e reflexiva, Recanto Escuro abriu o disco Recanto, que representou uma nova virada na carreira da artista.
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Já com Marcus Preto como diretor artístico, Gal passou a gravar compositores da nova geração da MPB, como Mallu Magalhães. Esta faixa foi um dos destaques do disco Estratosférica.
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