O Vasco ingressou nesta terça-feira, 16, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com uma solicitação para anular a partida contra o Internacional, na qual foi derrotado por 2 a 0, em São Januário, no último domingo, 14. O clube cruzmaltino entende que foi prejudicado pelo fato de o VAR ter sofrido uma pane e, por isso, não ter revisado o primeiro gol marcado pelo time gaúcho.
Em comunicado, o Vasco informou que o pedido de impugnação do jogo foi realizado na forma do art. 84, II, do Código Brasileiro da Justiça Desportiva. “A diretoria administrativa do clube, presidida por Jorge Salgado, reitera seu compromisso em garantir ao Vasco igualdade de condições ao Clube em todas as competições que participa, não tolerando mais, de forma omissa, qualquer eventual comportamento danoso ao Vasco”, disse o clube em nota divulgada em seu site.
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Após o revés no último domingo, o Vasco já havia prometido que iria ao STJD para tentar a anulação do confronto. Um ofício assinado pelo presidente Jorge Salgado foi anexado à súmula do jogo, afirmando que “VAR disfuncional não anula gol do Internacional em flagrante impedimento”. O documento estava com o ano de 2020 e erro no sobrenome do presidente: “Sagado”.
O time carioca entende que houve um erro de direito decorrente do não funcionamento correto do VAR. O clube considera que deveria ter sido comunicado sobre a pane da ferramenta no momento em que saiu o gol de Rodrigo Dourado, mas afirma não ter sido notificado.
O Vasco também julga que caberia à arbitragem aguardar a calibragem do VAR, uma vez que a Hawk-Eye, empresária responsável, salientou, em nota, que o problema foi solucionado em poucos minutos. Além da ação, a diretoria pediu a apresentação dos áudios e vídeos do árbitro de vídeo, desde antes da partida até depois do fim, pois suspeita que o equipamento não estivesse funcionando quando a bola rolou.
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De acordo com a Hawk-Eye, o problema foi causado “pelo baixo ângulo das câmeras em conjunto com a sombra se movendo no campo”, o que fez com que fosse necessário “recalibrar o sistema”.
Segundo o Vasco, foi pedido que uma câmera da TV oficial do clube fosse retirada do terço final do campo, com a justificativa de impedir imagens conflitantes entre as registradas por ela e as registradas pelas do VAR, além do problema ocorrido com o “descalibramento” posteriormente.
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O Vasco reúne provas, mas dificilmente terá sucesso por causa do regulamento do Brasileirão. O protocolo da CBF diz que “quando houver qualquer problema técnico ou lance inconclusivo no VAR, prevalecerá a decisão de campo”. Justamente o que ocorreu diante do Inter.
O lance polêmico ocorreu com somente 9 minutos. Moisés cobrou falta para a área e Rodrigo Dourado apareceu livre para abrir o marcador. O árbitro ficou quatro minutos aguardando o VAR para saber se havia impedimento ou se Ricardo Graça dava condições. Mas o assistente eletrônico estava “desalinhado”. O auxiliar não viu impedimento e o gol acabou validado. Os cariocas, sobretudo por meio do técnico Vanderlei Luxemburgo, passaram a reclamar com insistência do lance e de qualquer polêmica no gramado.
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