Nas últimas semanas, o noticiário internacional ganhou um novo destaque além da guerra na Ucrânia: a disseminação da varíola dos macacos. A doença, conhecida pela ciência há mais de 60 anos, é considerada endêmica no continente africano, mas outros 20 países já confirmaram casos recentemente.
Embora seja considerada menos grave que a varíola, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os governos estejam atentos e ampliem as campanhas de informação e conscientização para os sintomas e cuidados.
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A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), por meio dos professores dos cursos de Farmácia e Biomedicina e também do mestrado em Promoção da Saúde, elaborou um material informativo para auxiliar a população a entender do que se trata e como se prevenir. Identificada pela primeira vez em 1958 em uma colônia de macacos usados para pesquisa, a varíola dos macacos é uma zoonose viral (um vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave.
A varíola foi erradicada no mundo em 1980 e, em função disso, a vacinação foi extinta. Desde então, porém, a varíola dos macacos é relatada em humanos de diversos países da África Central e Oriental, onde a doença é considerada endêmica (grande número de casos em um determinado espaço). Nesse tempo, houve comunicação de casos em outras partes do mundo, mas todos relacionados a viagens internacionais ou importação de animais desses países africanos. Agora, porém, os registros não indicam essa relação.
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Os pesquisadores da Unisc ressaltam que a doença é emergente e os estudos científicos para entender sua epidemiologia, fontes de infecção e padrões de transmissão ainda estão em andamento. Por isso, a orientação é desconfiar das informações que circulam nas redes sociais, pois muitas são falsas e tem como objetivo causar pânico na população. Para a OMS, a enfermidade pode ser facilmente contida desde que os países adotem medidas rápidas para barrar a disseminação.
Os sintomas são semelhantes aos da forma conhecida da varíola, só que mais leves. Começam geralmente de 7 a 14 dias após a infecção e podem incluir febre, dor de cabeça, dores musculares, arrepios e exaustão. A principal diferença entre as duas doenças é que a varíola dos macacos provoca também inchaço dos gânglios linfáticos.
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No período de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve erupções cutâneas, que geralmente começam no rosto e se espalham para outras partes do corpo. As feridas, em geral, começam vermelhas e planas, depois viram pústulas (bolhas com pus) e, por fim, cicatrizam.
O ciclo da enfermidade dura, em média, de duas a quatro semanas. Na África, a varíola dos macacos causa a morte de uma a cada dez pessoas que a contraem. As complicações podem incluir infecções secundárias, broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea, que pode levar à perda de visão. O contágio ocorre por contato próximo com secreções respiratórias, lesões na pele ou objetos utilizados por uma pessoa infectada. A transmissão por partículas respiratórias é mais difícil pois exige contato pessoal prolongado.
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