Santa Cruz do Sul

Vara especializada de violência contra a mulher deve acelerar trâmite de processos

A partir de agora, processos que envolvem situações de violência contra a mulher serão tratados com mais atenção e celeridade. Foi instalada na tarde desta sexta-feira, 31, no Fórum da Comarca de Santa Cruz do Sul, a Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, para onde serão transferidos inicialmente 2,5 mil processos em andamento.

Presente na cerimônia, a prefeita Helena Hermany classificou o momento como histórico e rememorou o início da luta pela proteção das mulheres, na década de 1990, quando era primeira-dama do município, no governo de Edmar Hermany. “Precisávamos de um órgão institucional e representativo, pois muitas eram as situações de mulheres que necessitavam de proteção e amparo por serem vítimas de violência doméstica. Instalamos aqui o primeiro Escritório de Defesa dos Direitos da Mulher e também o primeiro Conselho Municipal dos Direitos da Mulher”, disse.

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Helena mencionou nomes como Maria da Glória Maracci, Sílvia Lux Wunderlich, Maria Berenice Dias e Célia Zingler, lideranças que ao longo de décadas atuaram na defesa dos direitos da mulher. “Por conta de todo o trabalho realizado à época, hoje Santa Cruz do Sul é referência no Rio Grande do Sul, servindo de modelo para outros municípios”, comemorou ela.

Apesar dos avanços, a prefeita também lembrou momentos de descaso com a causa da mulher, quando após a gestão de Edmar Hermany, não se deu continuidade ao trabalho do escritório. O órgão por quase uma década permaneceu fechado, sendo reaberto somente em 2005, com suporte jurídico de um grupo de advogadas voluntárias, no governo de José Alberto Wenzel, quando Helena era então vice-prefeita e assumiu o trabalho social.

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Durante o apanhado histórico, a prefeita ressaltou mais uma vez o pioneirismo do município com a inauguração do Centro Integrado de Segurança e Cidadania, no Bairro Arroio Grande, que centralizou serviços e criou uma rede de proteção para mulheres, crianças, adolescentes e suas famílias. Também mencionou avanços mais recentes, como a recriação da Coordenadoria da Mulher, e festejou a iniciativa do Judiciário. “Parabenizo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul por trazer mais essa conquista, fazendo com que Santa Cruz seja um dos municípios com uma das melhores e mais completas redes de atenção, amparo e proteção às mulheres”.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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