Santa Cruz do Sul tem a chance de fazer história hoje. É quando a cidade precisa dizer de forma definitiva se fica ou não com uma filial da rede de lojas Havan. O investimento imediato é de R$ 25 milhões e a previsão é que sejam criados 150 empregos diretos. Para fins de comparação: ao longo do ano passado todo o setor do comércio abriu 180 postos de trabalho com carteira assinada na cidade, segundo o governo federal. O dado ajuda a dar uma dimensão do peso do investimento previsto.
Por uma questão legal, a negociação da Havan não é com a Prefeitura ou com algum investidor. É com o Sindicato dos Comerciários, que precisa aprovar as condições propostas para que a loja abra aos domingos e feriados. Na prática é como se Santa Cruz tivesse dado ao sindicato uma procuração para representá-la nas tratativas com a empresa, que limitam-se ao campo das relações de trabalho. O imóvel onde a loja pode vir a ser construída está escolhido e os projetos técnicos e pedidos de licença prontos para serem protocolados na Prefeitura.
É legítimo que o sindicato tente barganhar algum benefício para os comerciários, que afinal terão um regime diferenciado de trabalho. Mas os sindicalistas precisam ter bem claro que, acima de um adicional aqui ou um vale acolá – e até onde se sabe a empresa oferece benefícios compatíveis –, está o impacto social da geração de empregos. A economia local precisa deles. Não há mais espaço para trancar pé a ponto de inviabilizar um investimento importante como o previsto pela Havan. A discussão se arrasta há dois meses e, como disse ontem o empresário Luciano Hang em entrevista à Gazeta, “ou vai, ou racha”. E a cidade não quer que rache.
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