Os produtores que aderiram à safrinha, dentro do Programa Milho, Feijão e Pastagens após a colheita do tabaco, foram beneficiados pela alta valorização dos grãos. É o que demonstra o levantamento feito pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), entidade que promove o programa de diversificação na região Sul do Brasil.
A área plantada com milho, feijão e soja cresceu 22%, comparativamente com o ano passado, atingindo 144.222 hectares. Em contrapartida, a área com pastagens teve redução de 27%, atingindo 25.572 hectares. Em razão do clima, as produtividades decresceram 34%, o que fez com que o total da produção de grãos chegasse a 580.442 toneladas. O rendimento extra estimado é de R$ 933 milhões, variação de 47% em relação ao resultado de 2020, quando os produtores alcançaram R$ 634,2 milhões com o cultivo de grãos e pastagem.
A renda extra alcançou R$ 368 milhões para os gaúchos em 2021 (R$ 297,4 milhões em 2020). Em Santa Catarina, o rendimento subiu de R$ 205,2 milhões para R$ 374 milhões em 2021. E no Paraná, o aumento foi de R$ 131,5 milhões para R$ 191 milhões. Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, os números mostram a importância do cultivo de uma segunda safra. “Diversificar é sempre uma boa opção para o produtor, pois lhe permite ter ganhos distribuídos em mais atividades. Neste ano, observamos uma preferência pelo cultivo de grãos em detrimento ao de pastagens, o que resultou em ganho superior dado o bom momento do agronegócio com essas commodities”, comentou.
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A ação é conduzida pelo SindiTabaco com apoio de entidades dos produtores e dos governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Uma das vantagens é a redução dos custos de produção dos grãos, com o aproveitamento residual dos fertilizantes. Pode haver também redução de custo na produção de proteína com o uso do milho no trato animal. Outro benefício é a proteção do solo.
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