Após a apresentação do reajuste proposto pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst) para as tarifas da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) em Santa Cruz do Sul, a estatal afirmou que o percentual inviabilizaria o cumprimento do contrato feito com a Prefeitura. Enquanto os cálculos da Corsan apontam para um aumento de 39,14% – ligeiramente inferior ao apresentado há algumas semanas, de 39,5% -, os estudos feitos pela Agerst indicaram que as tarifas devem subir 2,47%. O assunto foi discutido em audiência pública na noite dessa quinta-feira, 23, na Câmara de Vereadores.
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De acordo com o diretor de Operações da Corsan, Eduardo Carvalho, se o índice sugerido foi mantido, a estatal não terá como cumprir o contrato. “Ele não vai remunerar nem dar capacidade de investimentos para Santa Cruz para os próximos anos, durante o período do contrato. Não subsidia nem dá condições para investimentos. Ele também está aquém das despesas operacionais”, afirmou em entrevista à Rádio Gazeta. “São números que teremos que ajustar e debater até o fim do mês com agência reguladora.”
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Carvalho justifica o índice pedido pela Corsan com os índices inflacionários e o preço da energia. “Na Corsan, nos últimos dez anos, dobrou a fatura de energia elétrica. Então isso também entra como um exemplo no momento de revisão. Por isso, há um percentual bem maior do que aquele normalmente feito, já que traz algumas perdas de insumos, de custos e investimentos que a Corsan faz em municípios onde atua”, disse.