O Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul e Região e a União dos Estudantes Santa-Cruzenses (Uesc) realizam um chamamento à população para participar da audiência pública que a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) realiza nesta quinta-feira, 23, para apresentar o seu cálculo de reajuste na passagem de ônibus urbano. O encontro será às 10 horas, no auditório da Secretaria Municipal de Educação. Até este dia, a comunidade também pode encaminhar sugestões e contestações sobre o valor da passagem pelo site da Agerst, no e-mail agerst@santacruz.rs.gov.br.
O Consórcio TCS sugeriu, em documento enviado à agência, a elevação do valor da passagem dos atuais R$ 4,25 para R$ 4,81. Diante do arredondamento estatístico da planilha tarifária, o valor final proposto é de R$ 4,80. O presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber, afirma que, apesar de a audiência ocorrer em horário que impossibilita os trabalhadores de participar, é importante a presença da comunidade para debater a questão.
O Sindicato dos Comerciários e a Uesc contestam o aumento proposto e as alegações do consórcio que administra o transporte urbano em Santa Cruz do Sul. Com uma planilha de dados comparativos, Schwengber observa que com o valor proposto para a passagem, o reajuste acumulado da tarifa desde 1995 atinge 1.548% e desde 2010 chega a 213,33%. Já o reajuste dos salários de motoristas desde 1995, quando entrou em vigor o Plano Real, soma 391,6% e o dos cobradores, 426,3%. Desde 2010, o reajuste acumulado para motoristas é de 66,04% e para cobradores, de 76,78%. Schwengber ainda observa que o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desde 2010 é de 58,38%.
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ESTUDANTES
O dirigente sindical também não concorda com a alegação de que os usuários que não pagam passagem ou os estudantes que têm meia passagem aumentam as despesas da empresa transportadora. “Não existe ônibus específico para esses, então precisam fazer as linhas de qualquer forma. As empresas apenas teriam lucro maior”, destaca. Schwengber também cobra maior acompanhamento da Agerst ao transporte urbano para obter os dados que servem como base para o cálculo do reajuste da tarifa.
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