A variação do custo da cesta básica em Santa Cruz do Sul foi de – 6,91% no período de 3 de janeiro a 1º de março deste ano, passando de R$ 351,45 para R$ 327,13. Essa diferença é de R$ 24,32. Segundo o professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Silvio Cezar Arend, dos 13 produtos pesquisados, nove apresentaram redução de preço e quatro apresentaram elevação no valor.
As maiores contribuições para a redução do custo da cesta básica nacional foram do tomate (contribuição de – 3,71%), da banana (contribuição de – 1,99%) e do feijão preto (contribuição de – 1,16%). Os produtos que contribuíram para segurar a redução do custo da cesta foram o pão francês (contribuição de 1,39%) e a margarina (contribuição de 0,10%).
Com este custo para a cesta nacional, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebe no início deste mês o salário mínimo, precisaria ter trabalhado 76,809 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos.
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A partir dos gastos com alimentação é possível estimar o salário mínimo necessário para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a mesma metodologia utilizada pelo DIEESE, o valor do salário mínimo em Santa Cruz do Sul para o mês de fevereiro de 2017, pago no início do mês de março, deveria ter sido de R$ 2.727,66 para uma família composta por dois adultos e duas crianças.
A cesta básica nacional relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei nº. 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei nº. 185 de 14 de janeiro de 1936 – da instituição do Salário Mínimo no Brasil. Este Decreto estabelece que o salário mínimo é a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
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