Dados da Emater/RS-Ascar de Vale Verde revelam que o município deverá ter uma safra recorde neste ano nas culturas do arroz e da soja. As previsões da entidade apontam para uma produção de 6,84 mil toneladas de arroz, produzidas em 900 hectares por 16 agricultores. Na soja serão colhidas mais de 23 mil toneladas do grão, que foram plantadas em 6,5 mil hectares por 58 produtores.
O engenheiro agrônomo da Emater, João Leal da Silva, informou que a média anual de soja tem sido de 19,5 mil toneladas no município. No arroz, a média vinha sendo de 6,48 mil toneladas. Embora a previsão para essa cultura seja de 6,84 mil toneladas, não se descarta que atinja 7,2 mil toneladas.
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“É gratificante saber que, na contramão da crise que assola o País e o mundo, os produtores rurais terão safra cheia e valorizada. Isso faz com que todos ganhem, principalmente os agricultores e as empresas do ramo que se instalaram em Vale Verde, como a Bendo Alimentos, que deve comprar a grande maioria desse arroz, e a Cooperativa Arla, que deve adquirir grande parte da soja produzida no município”, disse o prefeito Carlos Gustavo Schuch.
A empresa Bendo Alimentos iniciou em março a compra do arroz da safra 2021, a qual, segundo a arrozeira, será a maior adquirida desde sua instalação no município, que aconteceu em março de 2018. Segundo a gerente da unidade Vale Verde, Fabiana Delavecchia, a previsão é de aquisição de 420 mil sacas, o que irá lotar completamente os sete silos da arrozeira.
A Cooperativa Arla, que está em fase de conclusão de suas instalações na localidade de Monte Alegre, também já iniciou a compra de soja dos produtores de Vale Verde e região. A previsão de recebimento da unidade é de 8 mil toneladas de soja.
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Produtores satisfeitos
Luciano Franke, de Vale Verde, produz soja há oito anos. Neste ano plantou em 635 hectares, a grande maioria arrendada. Segundo ele, a perspectiva era de colher em média 50 sacos por hectare, mas a produção superou a estimativa e vai fechar em 60 sacos. Como o preço do produto está em alta, ele espera recuperar as perdas causadas pela seca de 2020, bem como adiantar pagamentos de financiamentos de máquinas e implementos.
O produtor de arroz Adriano Kroth, que planta há 25 anos em Monte Alegre, prevê um aumento de 15% a 20% na colheita deste ano, em comparação com as últimas safras. Ele plantou 95 hectares e deve colher 170 sacas por hectare. “Já tivemos anos difíceis, de seca e baixa valorização do produto, mas, felizmente, a situação melhorou. Isso era necessário, porque cada vez mais produtores desistiriam do arroz se não houvesse uma mudança no panorama.”
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