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RECONSTRUÇÃO

Vale do Taquari receberá auxílio bilionário da União

Foto: Rodrigo Assmann

Comitiva esteve nessa quinta em Lajeado realizando reuniões técnicas e uma entrevista coletiva

Uma comitiva do governo federal esteve nessa quinta-feira, 28, em municípios do Vale do Taquari que foram amplamente atingidos pelo ciclone no início de setembro. O grupo foi integrado pelos ministros Paulo Pimenta, Valdez Góes, Paulo Teixeira e Wellington Dias, além de representantes de diferentes ministérios e da primeira-dama, Janja Lula da Silva.

Além de verificar a situação das cidades que foram epicentro do fenômeno natural, como Muçum, eles tiveram como compromisso uma série de reuniões técnicas, realizadas no campus da Univates. Foi a oportunidade de atualizarem informações e estabelecer meios para a recuperação da região. Adiantaram que o primeiro momento foi para salvar vidas. Depois veio a ajuda humanitária, seguida dos primeiros anúncios de recursos, quando foram garantidos R$ 741 milhões para o início da reconstrução.

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Agora, seguindo orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, apresentou a medida de maior representação financeira. “Foi assinada a liberação de R$ 1,4 bilhão para restabelecer pequenas e médias empresas, com financiamento a juro zero, dois anos de carência e ainda três anos para o pagamento”, revelou.

Além desse recurso, que tem a pretensão de ser um reforço para o restabelecimento da economia, com geração de emprego e renda, outros aportes foram apresentados em diferentes áreas. “O governo federal chega com a prioridade de recuperação das escolas e estrutura da saúde. Quanto à habitação, serão feitas a identificação e laudo de cada situação”, reforçou Pimenta, que coordenou o encontro.

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O grupo concedeu entrevista coletiva no terceiro piso da agência central da Caixa Federal de Lajeado, onde será montada a estrutura do governo federal para receber prefeitos, empresários e agricultores. “Agradecemos à Caixa pelo espaço e permaneceremos com a equipe aqui enquanto for necessário para a reconstrução da região”, afirmou.

Comitiva do governo federal, liderada pelo ministro Paulo Pimenta, fez anúncios de medidas durante coletiva na Caixa em Lajeado | Foto: Rodrigo Assmann

Outras medidas

Além do recurso para empresas, a comitiva adiantou que será prorrogado o acesso à Lei Paulo Gustavo, como incentivo à cultura. O governo quer recuperar os acervos de bibliotecas públicas e preparar um momento para o fim do ano, com o restabelecimento da economia criativa e o reforço do Natal afetivo e solidário. Quanto à habitação, a Caixa trabalha para antecipar vistorias de terrenos e liberação de recursos, sem que isso atrapalhe o desenvolvimento do programa Minha Casa, Minha Vida.

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Agricultores com Pronaf poderão protelar dívidas, recorrer ao seguro (Proagro) e incentivo para financiamento. Foram assegurados R$ 200 milhões e outros R$ 200 milhões como fundo garantidor para quem já tem empréstimos. O BNDES deve aportar para médios e grandes produtores. Junto com a Conab e Assistência Social e doações, 40 mil cestas básicas serão entregues.

“Todos estamos vivos. É o que importa”

Aos 91 anos, Guilhermina Giongo olhava, atenta, a movimentação de caminhões e máquinas da Prefeitura de Lajeado, que faziam a retirada de lama e entulhos na Rua São Sebastião, Centro, nessa quinta-feira à tarde. Acompanhada da cuidadora, Maria Conceição da Silva, ela lamenta a situação pela força como apresentou-se. O lugar onde mora com o filho costuma ser alagado, mas dessa vez, a água chegou próximo de cobrir a casa de dois pisos. “Não é fácil viver isso com a minha idade, mas aos poucos vamos nos organizando. Todos estamos vivos. É o que importa”, afirma.

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Natural de Roca Sales, onde houve grande destruição com o ciclone, ela olha para o assoalho e observa que era sempre mantido bem brilhoso e limpo; agora, está ofuscado pela água lamacenta do Rio Taquari, que fez com que perdesse praticamente tudo dentro de casa. Ficaram dois móveis antigos, que suportaram a força da cheia. “A gente tem capricho, mas está tudo revirado.”

Guilhermina guarda o que sobrou de documentos sobre a antiga máquina de costurar | Foto: Rodrigo Assmann

O restante que há no interior da moradia é resultado da doação de parentes e da comunidade. Em um dos quartos, sobre antiga máquina de costura, uma série de documentos, ainda secando ao sol que trouxe alegria nessa quarta-feira, e fotos que fazem dona Guilhermina recordar dos familiares em outros tempos. Em meio a essa triste situação, consegue renovar esperança, colocar um sorriso no rosto, brincar com seu jeito falante, dizendo ser característica dos descendentes de italianos, e agradecer à equipe de reportagem pela visita feita no meio da tarde. É uma forma de entreter enquanto não acionam a companheira televisão, que fora doada por um sobrinho.

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