O prefeito de Vale do Sol, Maiquel Silva, assinou na manhã dessa segunda-feira, 13, o decreto de situação de emergência no município em decorrência da estiagem. A falta de chuva trouxe efeitos para o desenvolvimento das culturas, gerando grandes impactos negativos e perdas econômicas no setor agropecuário. As áreas cultivadas se encontram em situação de baixa umidade, com o solo apresentando menos de 35% de disponibilidade de água para as plantas. A falta de precipitação e as altas temperaturas desde dezembro potencializaram o aumento de perdas de produtividade nas culturas do milho, tabaco, feijão, soja e hortaliças.
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A produção de milho tem perdas estimadas em 10%; os hortigranjeiros irrigados, de 20%; hortigranjeiros sem irrigação, de 40%; tabaco, de 1,59% e feijão, prejuízo de 20%. O arroz, que tem aproximadamente 740 hectares plantados, encontra-se em estágio de desenvolvimento e início de enchimento de grãos. Neste momento, tem perdas estimadas em 6,66%, mas se pode constatar que as lavouras estão, na grande maioria, sem a correta quantidade de água. Nos próximos dias, os danos nas plantações de arroz podem aumentar drasticamente.
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A soja está com seu estande reduzido devido ao déficit hídrico, o que trará reflexo na produção futura de grãos. Já a produção de leite do município teve uma diminuição, até o momento, de 10% no período de janeiro e fevereiro. Essa queda deverá continuar e aumentar nos próximos meses, caso não volte a chover para favorecer o desenvolvimento das culturas.
No município, as perdas no setor agropecuário representam mais de R$ 10 milhões, conforme o levantamento realizado pela Emater. Segundo o prefeito, o governo municipal investiu nos últimos quatro meses mais de R$ 1 milhão no combate à estiagem, especialmente na manutenção e no combustível de caminhões para transporte de água e trabalho de máquinas aos produtores, tendo como prioridade o serviço de aguada.
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O secretário municipal de Agricultura e Obras, Alessandro Kappel, informou que o município conta com dez poços artesianos e em torno de 23 fontes de captação de água, que suprem a rede hídrica. Atualmente, o abastecimento ocorre somente por meio de poços e vertentes, que em muitos locais acabaram diminuindo a capacidade por causa da forte onda de calor.
“Alertamos sobre a situação crítica em que a região se encontra e orientamos a comunidade a economizar água, para que não seja adotado o racionamento. No caso das famílias que ainda não possuem caixa d’água, aconselhamos que adquiram reservatórios para minimizar a falta de água”, comentou Kappel.
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Além dos serviços e melhorias que vêm sendo realizados, o prefeito Maiquel Silva ressalta que está sendo projetada a perfuração de mais dois poços artesianos neste primeiro semestre. Também já foram iniciadas as tratativas para a instalação de uma minibarragem em arroio do município.
O decreto de situação de emergência e os laudos técnicos estão sendo encaminhados ao governo do Estado e à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, que farão a homologação da emergência. O decreto tem como base os laudos técnicos apresentados pela Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo; Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae); escritório municipal da Emater/RS-Ascar e Secretaria Municipal de Assistência Social.
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