Vale do Rio Pardo tem quase 15 mil pessoas com segundas doses em atraso

A vacinação contra a Covid-19 continua a avançar no Vale do Rio Pardo. Em termos absolutos, a região de Santa Cruz do Sul, composta por 13 municípios, já aplicou 509 mil doses dos imunizantes disponíveis – Pfizer, Janssen, Astrazeneca e Coronavac. Ao todo, 77% da população regional foi vacinada com, pelo menos, uma dose; 66,14%, está totalmente imunizada. Com isso, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) tem visto o número de casos positivos, de internações e de óbitos, despencar.

A coordenadora regional de imunização da 13ª CRS, Jaqueline Thier, afirma que a redução nos números é notória. “No painel do Estado, nesta quinta-feira pela manhã, nós estávamos com uma taxa de ocupação por pacientes confirmados ou suspeitos de Covid-19 de 3,7%. Ou seja, sete leitos ocupados em clínica médica com pacientes Covid-19. Em UTI, a nossa ocupação era de 18,8%. Isso significa que nós temos seis pacientes internados confirmados para Covid-19 nas UTIs da região. E a gente veio de uma realidade, do início do ano, de termos mais de 100 pacientes internados nos nossos hospitais”, esclareceu.

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Com as flexibilizações nos protocolos de distanciamento social, no entanto, a região viu aumentar o número de casos positivos entre setembro e outubro. “Do final de agosto até o final de setembro, a gente teve um aumento de 558 casos na região. E agora, do final de setembro até o final de outubro, esse aumento foi de 669. Então, aumentou um pouquinho em relação a agosto e setembro, mas foi menos de 100 casos. É normal que, conforme vai se flexibilizando, se facilite a circulação do vírus. Só que se, em paralelo a isso, houver uma boa cobertura vacinal, é possível equivaler e fazer com que não haja grande impacto no número de casos e, consequentemente, no número de internações, tanto em leitos clínicos quanto em UTI”, analisou.

Para Jaqueline, ainda que haja internados que tenham feito a vacina, o imunizante é eficaz no controle da pandemia. “Nós temos pacientes internados tanto com duas doses quanto não vacinados. O que a gente percebe nitidamente é uma queda imensa no número de casos positivos novos e uma queda imensa, também, no número de óbitos. Se a gente pegar o número de casos e óbitos do final de fevereiro ao final de março, teve um aumento de 14 mil casos positivos na nossa região e 232 óbitos, só no período de um mês. Agora, do final de setembro ao final de outubro, a gente teve aumento de 669 casos e 12 óbitos”, disse.

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Os que não tomaram a vacina ou não completaram o esquema vacinal são maioria no quadro de internações. A propósito, Jaqueline lembra que quase 15 mil pessoas estão com o esquema vacinal incompleto na região. “O último levantamento que nós fizemos já estava em torno de umas 14 mil pessoas que já deveriam ter terminado o esquema e ainda não compareceram. Então, a gente faz um apelo para que as pessoas se conscientizem. Quem já deveria ter sido vacinado e não veio, procure um posto de saúde; aqueles que fizeram a primeira dose e ainda não fizeram a segunda dose e já está no período de fazer, procurem a segunda dose”, alertou.

Em relação às segundas doses de Astrazeneca, a coordenadora de imunização informou que os municípios estão fazendo levantamento e informando o Estado sobre a falta desse tipo de imunizante. A partir disso, o governo está tentando uma complementação junto ao Ministério da Saúde, para que seja possível encerrar esses esquemas. Como, no momento, a procura é baixa pela segunda aplicação, a 13ª CRS mantém as doses disponíveis congeladas na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Sobre a dose de reforço, 13 mil já foram aplicadas no público composto por pessoas com mais de 60 anos, imunossuprimidos e trabalhadores de saúde da região.

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