A região com os 23 municípios de abrangência do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP) está entre as que apresentam maior percentual da população com domicílio na área rural no Rio Grande do Sul. No ranking estadual, ocupa a 4ª posição entre os 28 Coredes, com 32,1% dos habitantes na zona rural. Os índices mais altos são do Médio Alto Uruguai (38,7%), Alto da Serra do Botucaraí (37%) e Celeiro (35,5%). os menores estão no Vale do Rio dos Sinos (2%), Metropolitana Delta do Jacuí (2,2%) e Produção (8,8%). O percentual médio no Rio Grande do Sul é 12,5%.
A população rural do Rio Grande do Sul vem apresentando queda gradativa desde o Censo de 1970. De 2010 para 2022, o Estado registrou um decréscimo de 14,7%. Quatro municípios possuíam, em 2022, 100% da sua população residindo em áreas urbanas: Alvorada, Cachoeirinha, Canoas e Imbé. No Estado, a população urbana representava, nesse ano, 87,5% do total.
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Na região, quatro municípios estão entre os dez no Estado com menor percentual de população nas áreas urbanas: Passa Sete (13,9%), Vale do Sol (14,1%), Gramado Xavier (15,4%) e Sinimbu (15,6%).
Os dados fazem parte do primeiro volume dos Cadernos RS no Censo 2022: População, lançado pelo governo estadual na última quinta-feira, 19. Elaborada pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, a publicação inaugura a série que divulgará os principais dados do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A equipe técnica do trabalho é formada pelos pesquisadores Mariana Lisboa Pessoa, responsável pela coordenação; André Coutinho Augustin e Daiane Boelhouwer Menezes.
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O material apresenta dados e informações do Censo para o Rio Grande do Sul na forma de gráficos, tabelas e textos. Além do resultado geral para o Estado, são apresentados os principais destaques municipais e dados para os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). Os cadernos serão produzidos conforme a divulgação dos dados pelo IBGE, o que acontecerá por temas ao longo dos próximos anos.
Com 10.882.965 habitantes, o Rio Grande do Sul é o sexto estado mais populoso do Brasil, atrás de São Paulo (44.411.238), Minas Gerais (20.539.989), Rio de Janeiro (16.055.174), Bahia (14.141.626) e Paraná (11.444.380). Ainda assim, o Estado vem perdendo participação na população nacional desde o Censo de 1950, contribuindo com 5,4% em 2022.
O índice que registra o envelhecimento da população no Rio Grande do Sul vem apresentando aumento gradativo. O último Censo, realizado em 2022, mostrou que, para cada grupo de 100 pessoas entre 0 e 14 anos no Estado, havia 115 idosos (60 anos ou mais). O valor supera a média nacional, de 80 pessoas com mais de 60 anos para cada 100 de 0 a 14. Em relação ao Censo anterior, a população com menos de 35 anos também diminuiu, enquanto houve aumento significativo nas faixas acima dos 55 anos.
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O Vale do Rio Pardo tem o nono maior índice de envelhecimento no Estado. Para cada grupo de 100 pessoas entre 0 e 14 anos no Estado, existiam 126,2 idosos (60 anos ou mais). Os três primeiros são o Vale do Jaguari (152,3), Jacuí-Centro (149,9) e Norte (144,6).
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Até o Censo de 1940, o Rio Grande do Sul cresceu a taxas superiores que a média brasileira. Isso fez com que o Estado aumentasse sua participação na população nacional de 4,4% em 1872 para 8,1% em 1940. A partir do Censo de 1950, entretanto, a situação inverteu-se e o Estado passou a perder participação, chegando a 5,4% em 2022.
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A área do Corede Vale do Rio Pardo é a 14ª no ranking de crescimento da populações entre os 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento no Estado. A população totalizou 418.093 habitantes nos 23 municípios em 2010 e 424.237 em 2022, representando aumento de 1,5%. Os maiores percentuais de crescimento foram do Litoral (25,9%), Hortênsias (17,9%) e Vale do Taquari (10,2%).
O município de Passa Sete é terceiro no ranking estadual com menor taxa de crescimento da população no Rio Grande do Sul. Passou de 5.143 habitantes em 2010 para 3.983 em 2022, o que representa variação de -22,6%. As maiores quedas no Estado são de Cruzaltense (-23,6%) e Itatiba do Sul (-23,1%).
O Rio Grande do Sul tem uma densidade demográfica de 38,6 habitantes por quilômetro quadrado, acima da média brasileira, que é de 23,9 habitantes por quilômetro quadrado.
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A região do Vale do Rio Pardo é a 13a no Estado em densidade demográfica, com 32,2 habitantes por quilômetro quadrado. A lista é encabeçada pelo Vale do Rio dos Sinos (955,1), Metropolitana Delta do Jacuí (416,8) e Serra (134,9).
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Nos dados do Censo, observou-se uma correlação na razão entre sexo e o tamanho do município. Naqueles com população até 5 mil habitantes, encontram-se, em média, mais homens. Entre 5 e 10 mil habitantes, há um equilíbrio entre os sexos. Já nos maiores municípios, a presença de mulheres é mais alta. Em 2022, o Rio Grande do Sul possuía 5.255.751 homens e 6.627.214 mulheres, o que representa uma razão de sexo (100xH/M) de 93,4.
Santa Cruz do Sul é o oitavo município no Estado com menor razão de sexo (90,9), com 63.453 homens e 69.777 mulheres.
A região está em 13º lugar no Estado no índice de razão de sexo (95,7), com 207.454 homens e 216.783 mulheres. A liderança no Rio Grande do Sul é da região Metropolitana Delta do Jacuí (88,5), seguida por Produção (92,5) e Sul (92,5).
A maioria da população gaúcha (78,4%) declarou-se como branca no Censo de 2022, seguida das populações parda (14,7%), preta (6,5%), indígena (0,3%) e amarela (0,1%). Em relação ao Censo de 2010, o maior crescimento foi registrado na população parda, que aumentou seu número em 41,3%, seguida das populações preta (19,3%) e indígena (3,6%). Houve redução das populações branca (-4,1%) e amarela (-77,1%).
A grande redução entre os amarelos é explicada, principalmente, pela mudança metodológica realizada.
Em comparação ao Brasil, o Rio Grande do Sul apresenta um percentual maior de população branca e menor nas demais categorias de raça/cor. Na divisão por raças, 82,4% da população do Vale do Rio Pardo é branca, 5,5% preta e 12% parda, com o restante dividido entre amarela e indígena.
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