Diante das incertezas sobre o futuro da campanha nacional de imunização contra a Covid-19, o Vale do Rio Pardo já cogita a compra direta de vacinas. A possibilidade foi tema de reuniões nesta terça-feira, 23.
Presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), a prefeita de Santa Cruz do Sul, Helena Hermany (PP), conversou primeiro com o presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Maneco Hassen, e depois com um dos líderes do Consórcio da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), Leonardo Pascoal. As duas entidades vêm negociando com fabricantes de vacina e Helena quer que o Vale do Rio Pardo seja incluído no processo.
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A proposta será discutida com os demais prefeitos em assembleia. Nas reuniões, Helena alegou que uma compra em conjunto com outros consórcios reduziria o preço unitário das doses. Também argumentou que a região dispõe de infraestrutura suficiente para receber qualquer uma das vacinas já disponibilizadas no mercado, incluindo a da Pfizer, cujo registro foi aprovado nesta terça pela Anvisa, e que requer ultrafreezers para seu armazenamento – a Unisc possui essas estruturas e já as colocou à disposição.
Além da Pfizer/BioNTech, as entidades têm tratativas em andamento com o Instituto Butantan e com o laboratório Moderna. Helena também alega que a proximidade com Porto Alegre e a perspectiva do início da rota aérea entre Santa Cruz e a capital pela companhia Azul facilitaria a logística. As negociações vêm sendo acompanhadas por diretores do Cisvale e pelo consultor jurídico da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Ricardo Hermany.
Também nesta terça-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para permitir que estados e municípios adquiram vacinas contra a Covid-19 por conta própria, caso não sejam disponibilizadas doses suficientes pelo governo federal.
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